O Núcleo de Gravura de Alijó realiza a Global Print 2013, entre 31 de agosto e 30 de outubro, que vai espalhar 390 obras de arte gráfica, de artistas de 60 países, por quatro concelhos durienses.
Nuno Canelas, responsável pela organização, disse hoje à agência Lusa que a Global Print se apresenta como um evento intermédio à Bienal Internacional de Gravura do Douro, que se repete em 2014.
A iniciativa arranca a 31 de agosto e prolonga-se até 30 de outubro.
Por Alijó, Peso da Régua, Lamego e Tarouca vão espalhar-se 390 obras, de 390 artistas de 60 países. Nuno Canelas referiu que a abertura da mostra ocorre no Mosteiro de Salzedas, em Tarouca, onde se vão por a dialogar as obras de arte antiga com as de gravura contemporânea.
“As gravuras foram colocadas de propósito para estabelecer um choque e diálogo pela harmonia e pelo contraste com as peças existentes no mosteiro”, salientou o responsável.
Haverá ainda exposições no Museu de Lamego, Teatro Ribeiro da Conceição e Museu do Douro.
Nuno Canelas salientou ainda as dificuldades em realizar o evento nesta época de crise, em que o “apoio financeiro é quase inexistente”.
“Consegue-se fazer isto através do esforço e dedicação das pessoas que quiseram arrancar com este projeto”, frisou.
Nuno Canelas destacou ainda o apoio dos municípios envolvidos e algumas instituições.
Para o responsável, a Global Print e a Bienal de Gravura são uma “resposta à crise económica, que teima em acabar com tudo o que simplesmente mexe ou resiste”.
A Bienal de Gravura do Douro, que se realiza desde 2001, tem como objetivo principal "promover, através das artes plásticas, a região duriense", classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.
Durante as suas edições, foram realizadas exposições de homenagem a artistas mundialmente reconhecidos como Antoni Tàpies, Paula Rego, Vieira da Silva, Octave Landuyt, Nadir Afonso, Gil Teixeira Lopes ou David de Almeida.
A organização diz que se trata do maior evento cultural e artístico de toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro, que tem conseguido vencer os “desafios da interioridade, da crise económica, da crise cultural, da própria crise da gravura e tem sabido manter vivos os pressupostos da arte e a autonomia da gravura no contexto da arte contemporânea”.
Fonte: Agência Lusa
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