O início do ano lectivo pode estar comprometido em algumas escolas do distrito de Bragança. Tudo por causa do número de funcionários excedentários nos agrupamentos.
Ao todo são 122 os trabalhadores que podem vir a integrar a mobilidade interna.
O Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, em Bragança, é o que apresenta mais funcionários nesta situação. De acordo com a portaria do Ministério da Educação que estabelece os rácios de pessoal auxiliar e administrativo foi considerado que havia 32 trabalhadores a mais.
A presidente da direcção não tem dúvidas que esta situação “vai causar graves constrangimentos na abertura do ano lectivo e no funcionamento do agrupamento, pois este agrupamento tem várias escolas e 32 funcionários a menos é muita coisa para as termos a funcionar o dia todo”. Teresa Sá Pires acrescenta que a limpeza das escolas vai ficar em causa com a falta de funcionários. “Tudo faremos para que pelo menos na cantina não haja constrangimentos de maior, mas poderá haver alguma dificuldade na limpeza diária das escolas nomeadamente os ginásios que são espaços muito grandes”, refere a responsável.
Também o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro tem 30 funcionários excedentários. O director do estabelecimento de ensino diz que esta situação é uma consequência da fusão de escolas.“Temos alguns excedentários ao nível dos assistentes técnicos porque fizemos duas fusões, primeiro com a EB2 e depois com o agrupamento de Sendim e todas as escolas tinham serviços administrativos, por isso é natural que quando se manda juntar escolas depois haja funcionários a mais”, afirma.
António Santos adianta que já contestou esta situação junto do ministério mas acredita que os funcionários vão manter-se. “Aqui à volta não há escolas com carência de funcionários por isso não se perspectiva a necessidade de haver mobilidade”, refere.
Ainda assim, as escolas esperam que, até ao início do ano lectivo, o Ministério da Educação clarifique a situação.
Escrito por Brigantia
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