A população de Pereira, no concelho de Mirandela, quer expulsar o padre Albano Joaquim da paróquia. Em causa está a recusa do pároco de presidir às cerimónias religiosas que habitualmente fazem parte da festa daquela aldeia.
A poucos dias da realização da festa em honra da Senhora da Torre, a comissão organizadora foi informada da indisponibilidade do padre. "Disse que não autorizava que fosse usada a imagem da Santa e que não fazia nem a procissão nem a missa do dia principal da festa", refere o responsável pela organização, António Lima acrescentando que a posição do pároco deve-se ao facto de no ano passado não ter sido entregue os lucros (cerca de 2 mil euros) à Comissão Fabriqueira.
António Lima conta ainda que foi proposto doar parte da verba para obras na igreja e o restante ficava como fundo de maneio para a comissão de festas, mesmo assim o padre mostrou-se irredutível.
Mesmo assim o grupo organizador das festas decidiu continuar com as festividades mas sem cartaz religioso.
O porta-voz do gabinete de relações públicas da Diocese de Bragança/Miranda começou por referir que a comissão fabriqueira "é a única entidade que pode gerir o dinheiro relativo às festas religiosas", mas confirma que o bispo já tinha dado aval para a realização da festa religiosa e mostrou-se surpreendido com a irredutibilidade do pároco e ordenou que a procissão fosse feita. No entanto, o padre só comunicou que afinal presidiria as cerimónias no sábado à noite. A comissão alega que já não tinha tempo para preparar o evento no dia seguinte.
Devido à indignação da população para com esta atitude do pároco, circula agora pela aldeia um abaixo-assinado a exigir ao bispo da Diocese de Bragança/Miranda que substitua o sacerdote. Caso contrário admitem tomar medidas. Já no domingo, antes e depois da celebração da missa, o padre terá sido mesmo ameaçado por alguns populares e à saída da igreja foi brindado com lenços brancos.
in:jornalnordeste.com
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