340 milhões de euros é quanto o distrito de Bragança e as províncias de Zamora e Salamanca precisam para projectos que garantam o desenvolvimento destas zonas de fronteira.
Ontem foi apresentado o Plano Estratégico de Cooperação e Desenvolvimento Territorial para o período 2014-2020, do Agrupamento ZASNET, que engloba estes municípios.
O presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial ZASNET, Jorge Nunes, diz que este plano tem em conta as necessidades de investimento nos dois lados da fronteira.“ A maior parte daquilo que vai ser feito em termos de candidaturas de fundos está neste documento. O que não estiver neste documento só pode resultar de reajustamentos e de compatibilidade com os planos regionais que a Comissão de Coordenação da Região Norte e a Junta de Castela e Leão estão a fazer.
Projectos mais imaterias, de escala mais local mas que sejam de cooperação na ordem dos 40 milhões de euros e sabemos para que a cooperação possa evoluir com resultados positivos há iniciativas de âmbito regional e nacional que são indispensáveis. Foram identificados para podermos promover lobby político junto dos governos, que envolveriam cerca de 300 milhões de euros”, contabiliza o autarca. Foram delineadas 12 acções integradas, cada uma engloba 12 projectos, que abrangem várias áreas, desde o empreendedorismo e turismo à criação de emprego. “Estou a falar das estradas, mobilidade, por exemplo transportes públicos entre Bragança, Zamora e Salamanca, serviços de saúde, temos exemplos na Europa de hospitais que são partilhados entre zonas de países diferentes, porque é que nós não podemos partilhar entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste, Zamora e Salamanca?
Ao nível ambiental há muita coisa a fazer, como ao nível da prevenção de fogos”, enumera Jorge Nunes. Os fundos da União Europeia para o próximo quadro de apoio dão prioridade a projectos que ajudem a combater assimetrias.
O administrador do Comité das Regiões da União Europeia, Alfonso Martinez, não tem dúvidas que as regiões de fronteira estão em vantagem no que toca à atribuição de fundos. “São regiões, que por estarem na fronteira, estão historicamente em desvantagem. As estradas e as infra-estruturas são piores quando mais nos aproximamos da fronteira, que também são zonas onde é mais difícil encontrar emprego. É preciso reverter tudo isso”, realça o responsável.
Este Plano estratégico para o distrito de Bragança e províncias de Zamora e Salamanca vai ser apresentado dia 9 de Outubro em Bruxelas.
Escrito por Brigantia
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