A EDP já começou a construir o paredão e a central hidroeléctrica, e a montar os primeiros equipamentos da Barragem do Tua.
Uma nova fase que a empresa quis mostrar ontem aos jornalistas, numa visita guiada ao fundo do vale e pelos túneis que conduzirão a água até à central. Até agora já foram gastos 137 dos 370 milhões de euros de investimento total no aproveitamento hidroeléctrico, entre Carrazeda de Ansiães e Alijó.
Estão envolvidos 600 trabalhadores, mas em breve poderão ser mil. As obras registam um atraso de cerca de 10 meses, devido ao abrandamento registado no ano passado, quando a UNESCO ainda ponderava mandar parar a empreitada para não colocar em risco o estatuto de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro.
Neste momento essa questão está ultrapassada, como adianta o administrador da EDP Ferreira da Costa. “Esta questão está completamente ultrapassada. Já a própria reunião de Junho deste ano no Cambodja, o Alto Douro Vinhateiro foi retirado da lista do Património Mundial em risco”, garante o responsável. O director de projecto da barragem, Freitas da Costa, faz agora o ponto da situação das obras. “Cerca de 37 por cento do investimento está feito. Acabámos a fase das escavações e estamos agora a iniciar a fase da construção da barragem e, ao mesmo tempo, a montagem dos primeiros equipamentos para a produção de energia”, realça o responsável.
Prevê-se que a barragem possa entrar em funcionamento em Setembro de 2016. O que ainda não está decidido é o corredor da linha de muito alta tensão que vai transportar a energia para a central de Armamar, havendo quatro alternativas em cima da mesa.
Sobre a concessão do plano de mobilidade turística do vale do Tua, o administrador da EDP, Sérgio Figueiredo, revelou que há quatro operadores interessados. Sérgio Figueiredo adiantou também a intenção de transformar as barragens da bacia do Douro num roteiro turístico, através de obras assinadas por reputados arquitectos e artistas plásticos.
Este roteiro deve representar para a EDP um investimento de cerca de dois milhões de euros.
Escrito por Ansiães (CIR)
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