quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Livros escolares mais caros

A uma semana do início do ano lectivo, famílias fazem contas às despesas escolares
A factura dos manuais escolares vai pesar mais, este ano, no orçamento familiar. O preço dos livros aumentou e nalguns níveis de ensino o valor dos manuais chega aos 350 euros.
Fazendo contas, os manuais e o material necessário rondam um ordenado mínimo nacional (485 euros).
Ana Silva, de Bragança, tem dois filhos a estudar e diz que só em manuais escolares a despesa ultrapassa os 600 euros. “Tenho um filho no 8.º e outro no 10.ºano, e só em manuais gasto cerca de 600 euros”, contabiliza esta mãe. 
Mesmo aqueles que são beneficiários da acção social escolar são obrigados a adiantar o dinheiro para adquirirem os livros e só depois é que são reembolsados, mediante a apresentação da factura.
No caso de Ana Silva vai receber cerca de 140 euros de subsídio dos dois filhos. Esta mãe garante que já fez as contas e diz que com esse dinheiro não consegue nem comprar o material escolar.
“Recebo cerca de 70 euros por cada um e só depois de apresentar a factura. Numa despesa que ultrapassa os 600 euros não dá nem para o material escolar”, constata.
Reciclar não é solução
Paula Gonçalves tem uma filha no 7.ºano e diz mesmo que o preço dos manuais é um exagero. Além disso, defende que as editoras não deviam mudar tão frequentemente os manuais. “É quase um ordenado, entre manuais, material, mesmo tentando reciclar alguns livros de outras pessoas é impossível, porque os manuais mantêm-se pouco tempo. Os subsídios são miseráveis, não dão nem para comprar dois manuais”, afirma a encarregada de educação. 
Jorge Morais é proprietário da papelaria Brigoffice, em Bragança, e conta que cada vez mais os pais abdicam de alguns manuais e dos CD’s que os acompanham, para reduzir a factura.
“É complicado. As pessoas andam com pouco dinheiro na carteira e compram só aqueles manuais essenciais e deixam de comprar os cd’s que os acompanham, que custam cerca de 6 euros”, salienta o empresário.
Para facilitar a vida às famílias, esta papelaria oferece algumas facilidades de pagamento e descontos nos manuais escolares.
Este ano lectivo, deverá arrancar entre 12 e 16 de Setembro e vai pesar mais na carteira das famílias.
Destaque
Encarregados de educação optam por comprar só os livros essenciais para reduzir a factura

in:noticiasdonordeste.com

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