Portugal, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Carrazeda de Ansiães
Arquitectura político-administrativa e judicial, setecentista. Pelourinho de pinha piramidal, com base circular de quatro degraus, de onde evolui um fuste octogonal, o capitel prismático, ornado por elemento heráldica, rematanto em pináculo facetado.
Número IPA Antigo: PT010403040005
Categoria
Monumento
Descrição
Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de três degraus, sendo o primeiro semicircular, mostrando em planta, uma flor de quatro pétalas, o segundo quadrangular, e o terceiro circular, apresentando também a solução de flor de quatro pétalas, agora em tamanho reduzido. O fuste é octogonal, sem decoração e o capitel, também octogonal, mas com secção sensivelmente maior à do fuste, apresenta-se decorado com as armas de D. João V. Encima-o uma pirâmide cónica truncada.
Acessos
EN 214 de Vila Flor para o Tua, Praça 6 de Abril. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,244986, long.: -7,301095
Protecção
IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933
Grau
2 - imóvel ou conjunto com valor tipológico, estilístico ou histórico ou que se singulariza na massa edificada, cujos elementos estruturais e características de qualidade arquitectónica ou significado histórico deverão ser preservadas. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Imóvel de Interesse Público.
Enquadramento
Urbano. Ergue-se num largo, fronteiro à antiga cadeia e que agora está a ser recuperada para futura biblioteca municipal. À sua frente foi edificado um fontanário datado de 1926.
Descrição Complementar
Utilização Inicial
Político-administrativa: pelourinho / Judicial: pelourinho (concelho de senhorio)
Utilização Actual
Marco histórtico-cultural: pelourinho
Propriedade
Pública: estatal
Afectação
Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933
Época Construção
Séc. 18
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1734 - Aquando da transferência da sede do Concelho de Ansiães para a actual Carrazeda de Ansiães, os habitantes de Ansiães opuseram-se à perda de importância e provocaram a destruição do pelourinho *1 o que originou a construção do actual; por volta desta altura passou a ser governado por justiças ordinárias; 1737, cerca - passou a ser governado por justiças de vara branca; 1758, 12 Abril - segundo o vigário Domingos Gonçalves Corredoura nas Memórias Paroquiais, a freguesia tinha 51 moradores e 161 pessoas e pertencia à comarca de Torre de Moncorvo; era donatário de todo o concelho o porteiro-mor Manuel António de Sousa e Melo e a freguesia era governada pelas justiças de juízes ordinários e cameristas, carecendo muito de juiz de fora como tinha antigamente, levando a que os moradores sofram por várias cousas e distúrbios; o vigário desejava muito que D. José concedesse decreto para voltar a ter juiz de fora "para o bom regimento e sussego da republica e salvação das almas"; era na praça pública que se faziam os actos judiciais públicos e na casa de audiência as audiências públicas, desde há cerca de 22 anos; 1926 - construção do soco onde actualmente assenta o pelourinho; aquando da construção do fontanário, apresentando forma semelhante à do fontanário.
Características Particulares
Pelourinho bastante simples, possuindo as armas reais no capitel, sendo a pinha ornada por elementos fitomórficos.
Dados Técnicos
Sistema estrutural autónomo.
Materiais
Estrutura em cantaria de granito.
Bibliografia
AGUILAR, José, Carrazeda de Ansiães e seu Termo, 1980; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2007; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos Portugueses, Gaia, 1930; MAGALHÃES, F. Perfeito de, Pelourinhos Portugueses, Lisboa, 1991; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos do Distrito de Bragança, 1982.
Documentação Gráfica
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
Nada a assinalar.
Observações
*1 - do pelourinho original nada se conhece.
Autor e Data
Ernesto Jana 1993
in:monumentos.pt
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