O Laboratório de Apoio à Actividade Agropecuária da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, situado na Quinta do Valongo, em Mirandela vai fechar portas.
O diretor Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, não confirma nem desmente esta informação, mas, segundo o que o jornal Terra Quente apurou, os 12 funcionários do referido laboratório já terão sido informados dessa intenção há duas semanas e ainda não sabem qual vai ser o seu futuro.
Um dos agrupamentos de defesa sanitária que mais análises de sangue de ruminantes solícita ao laboratório, a Associação de Criadores de Gado de Macedo de Cavaleiros (ACRIGA), já soube, de fonte oficiosa, a intenção de encerramento do laboratório.
Para o presidente da associação, João Reis, esta decisão vai trazer “consequências muito graves aos ADS''''s da região, porque não sabem que solução será encontrada para as cerca de 90 mil análises ao sangue dos ruminantes que são feitas anualmente, só provenientes da Associação de Criadores de Gado de Macedo de Cavaleiros”.
João Reis sublinha que existe um contrato com a Direcção Regional de Agricultura e direção-geral de veterinária que este tipo de serviços está subvencionado aos ADS''''s para os entregar no laboratório da Quinta do Valongo. “Agora não sabemos até que ponto qual vai ser a solução para resolver esta situação. Se vamos continuar com a possibilidade de fazer entrega de sangues a qualquer momento ou se vamos ter um tempo limitado que nos irá trazer custos”, refere o presidente da ACRIGA.
Autarquia preocupada com os postos de trabalho
O Presidente da câmara de Mirandela, António Branco, diz já ter feito sentir a sua preocupação junto do diretor regional de agricultura no sentido de salvaguardar os postos de trabalho e aguarda por mais informações para se poder pronunciar.
Também a União dos Agrupamentos de Defesa Sanitária de Trás-os-Montes está preocupada com as consequências do eventual encerramento do laboratório. “ O que deveria ser feito era transferências de serviços junto do Litoral para o Interior do País. Entendemos que o Estado tenha necessidade de poupar mas não pode poupará custa do Interior”, conclui o vice-presidente da União dos ADS''''s de Trás-os-Montes, Abreu Lima.
Terra quente
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