É urgente criar legislação para regular a apanha e comercialização de cogumelos em Portugal. O alerta é do presidente da Associação Micológica da Terra Fria a Xixorra.
Francisco Torrão diz que, por exemplo, na zona de Miranda do Douro os cogumelos silvestres são vendidos do lado de lá da fronteira abaixo do preço justo e são os espanhóis que ficam com a mais-valia do produto.
“A Terra Fria Transmontana é uma região rica em cogumelos, muitos deles são vendidos para Espanha. Em Portugal não existe legislação, nós temos alertado as autoridades para essa situação e pensamos que se está a tratar do assunto. O cogumelo é vendido em Espanha a um preço muito baixo. Por exemplo, numa fábrica em Espanha pagam os cogumelos a cerca de 10 euros, se os comprar lá paga-os a mais de 20 euros”, sustenta o responsável.
Em Macedo de Cavaleiros a situação repete-se. O presidente da Associação Micológica Terras de Roquelho, Porfírio Lima, não tem dúvidas que são os espanhóis que estão retirar as mais-valias dos cogumelos apanhados na região.
“Neste momento há um excesso de procura sem regras e isso pode pôr em causa algumas espécies. As espécies melhores são colhidas em excesso e vendidas a preços muito reduzidos para os espanhóis, que depois os exportam para França e para Itália e ganham muito mais do que nós que somos os donos do produto”, realça Porfírio Lima.
Em Espanha já regras para a apanha e comercialização de cogumelos. O investigador espanhol, Juan António, alerta que a apanha sem regras em Portugal pode contribuir para a extinção de alguns fungos.
“É um recurso que se esgota. Por isso, é necessário regulá-lo para contribuir para uma gestão sustentável do sector”, alerta o investigador.
Os cogumelos silvestres apanhados sem regras na região transmontana estão a ser aproveitados pelas fábricas espanholas, que ficam com as mais-valias do produto.
Escrito por Brigantia
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário