A instituição apoiava cerca de 120 famílias e depara-se, actualmente, com cerca de 230 pedidos de auxílio.
O presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha confessa que a instituição já esgotou os stocks alimentares por duas vezes. “Notamos um aumento de quase 100 por cento do número de pessoas carenciadas que recorreram anos. Estamos a ajudar cerca de 230 carenciados, claro que não podemos atender a todos, mas atendemos às maiores necessidades”, realça Fernando Freixo.
Fernando Freixo defende, ainda, uma articulação entre as diferentes instituições, para evitar a duplicação de apoios às mesmas famílias.“Temos consciência que existe algum descontrolo nas respectivas distribuições por parte das várias instituições de Bragança que prestam auxílio a carenciados.
Há uma plataforma informática que a Câmara tem instalada, onde devem ser introduzidos os dados por parte das instituições que prestam auxílio. Nós e a Obra Padre Miguel já estamos a fazer isso, mas há outras instituições que não o fazem e nós estamos na disposição de proceder ao cruzamento de dados com outras instituições, para que quem necessita não lhe faltem os elementos essenciais”, salienta o presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha. Com o aumento do número de pedidos de ajuda, os alimentos recolhidos nas campanhas são cada vez mais preciosos.
Ainda assim, a crise também se faz sentir nos donativos.“Recolhemos cerca de 1900 quilos de géneros alimentares, menos 800 quilos do que no ano passado, nota-se aqui uma quebra, nomeadamente em açúcar, arroz, atum, leite, massas”, contabiliza Fernando Freixo.
A próxima campanha de recolha de alimentos da delegação de Bragança da Cruz Vermelha decorre este fim-de-semana, nos hipermercados Pingo Doce e Intermarché.
Escrito por Brigantia
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