A Caça será a atração principal nos próximos quatro dias, em Macedo de Cavaleiros, com uma feira que todos os anos recebe mais 20 mil habitantes e este ano já esgotou a capacidade hoteleira do concelho transmontano.
A garantia foi hoje deixada pelo presidente da Câmara, Duarte Moreno, que, em declarações à Lusa, realçou o programa de atividades para adeptos da caça, mas também para a toda a família que reserva, entre quinta e domingo, a Feira da Caça e Turismo.
Há 18 anos que o município promove a iniciativa em torno de um setor que "tem um peso muito importante" no concelho e que está a conseguir dinamizar até as aldeias, onde nos dias de caça, nomeadamente de montarias ao javali, algumas freguesias fazem mostras de produtos da terra e os habitantes conseguem fazer negócio.
A Feira da Caça "esgota unidades hoteleiras, e dá nova dinâmica aos restaurantes e mesmo ao comércio tradicional que tenta explorar esta oportunidade", segundo o autarca local.
Mais de 120 expositores estarão presentes no Parque Municipal de Exposições representando setores de atividade que vão da alimentação, ao tema da feira ou turismo.
O programa do evento tem mais atrativos, como realçou Duarte Moreno, nomeadamente o primeiro encontro de caçadores de Trás-os-Montes, mostra cinegética, passeios a cavalo e um destaque especial para as visitas ao Geoparque Terras de Cavaleiros com atividades em contacto com a Natureza.
O secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, inaugura, na sexta-feira, o certame que reserva ainda visitas didáticas aos alunos das escolas de Macedo de Cavaleiros.
No programa da feira há também espaço para debate num seminário sobre "Geoturismo: Motor de Desenvolvimento Territorial".
O presidente da Câmara indiciou que certame é uma montra da importância do setor da caça para este concelho, onde nesta época do ano, "não há fim de semana sem montarias ao javali".
Duarte Moreno nota, no entanto alguma mudança nos hábitos dos caçadores que continuam a procurar a região, mas ao contrário do que acontecia antigamente, deixaram de pernoitar devido à melhoria das acessibilidades.
As novas estradas, como a Autoestrada Transmontana, que liga ao Porto, "fazem com que os caçadores venham de manhã e regressem à noite".
"Não pernoitam porque hoje já é tudo muito mais perto", explicou.
HFI // JGJ
Lusa/fim
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