Na Quinta das Covas o ritual do “mata porco” é seguido “como manda o figurino”
Está oficializada a autorização para a manutenção de tradições como a matança tradicional do porco.
Por despacho n.º 14535-A/2013, foi publicado a 11 de Novembro de 2013 e entrou em vigor dia 1 de Janeiro de 2014. "É autorizada a matança para auto consumo de bovinos, ovinos e caprinos com idade inferior a 12 meses, de suínos, aves de capoeira e coelhos domésticos, desde que as carnes obtidas se destinem exclusivamente ao consumo doméstico do respetivo produtor, bem como do seu agregado familiar, e sejam respeitadas as seguintes condições (...)", refere o regulamento.
Numa manhã fria dos primeiros dias de Janeiro, a Quinta das Covas, em Gimonde (Bragança) realizou uma matança do porco tal como no tempo dos nossos avós, proporcionando um momento de convívio a meia centena de convidados, a maioria já “repetentes” nestas andanças.
A mesa estava posta, com as iguarias deste tão nobre momento. Os figos, as amêndoas, as nozes, vários queijos, chouriços de multisabores e o respectivo presunto bísaro, que da sua cama “sagrada” enche os olhares e os paladares dos convivas na hora do repasto.
O lume, esse, estava a dar os primeiros passos para fazer as brasas, tão necessárias no que iria a ser um dia longo, para assar as múltiplas carnes da finada.
Olhares e paladares
O animal veio numa carrinha própria para o transporte de animais vivos. Os homens aproximam-se do bicho e um, com uma corda trazem, de rédea, a porca para junto do banco onde iria ser consumada a sua morte. Depois de chamuscada, desta feita com palha como manda o figurino (porque uma pessoa de Lisboa, entendida nas lides da gastronomia, gostava de ver ao vivo este espectáculo) veio a lavadela por tudo que era sítio, para depois a pendurarem para abrirem o animal, usando um tractor para o efeito.
in:jornalnordeste.com
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