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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Municípios contestam novas tarifas da água, sobretudo a Norte

O novo regime tarifário da água está a gerar contestação dos municípios visível nas reacções no Norte do país às propostas de parcerias públicas da Águas de Portugal (AdP) para gerir a distribuição.
A AdP está a propor a 116 municípios assumir a gestão da água em baixa, ficando responsável por todo o processo numa altura em que está em curso a reestruturação do sector com a harmonização das tarifas em todo o país.
A maioria dos 19 autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro não aceita as condições propostas pela subsidiária Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (AdTMAD) por entenderem que "levaria a que muitos municípios tivessem, no prazo de cinco anos, de subir quatro a cinco vezes o preço da água", disse à agência Lusa o presidente Francisco Lopes.
A mesma argumentação tem a maioria dos nove autarcas da CIM de Trás-os-Montes, segundo o presidente Américo Pereira, que criticou, ainda, o facto de não fazer "uma "diferenciação entre o meio rural e urbano".
As comunidades de municípios de Trás-os-Montes prometem agora articular posições.
A Câmara de Vila Nova de Paiva, no Distrito de Viseu, opõe-se à entrega a uma nova entidade, a Águas do Norte, fruto da fusão entre a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro com a Águas do Douro e Paiva, de todo o fornecimento de água.
O autarca local, José Morgado, argumentou que a proposta "se demonstra penalizadora para o concelho e munícipes", realçando que "a tarifa da água sofreu agora uma actualização para 40 cêntimos" e que com o modelo proposto passaria para "60 cêntimos".
A agência Lusa contactou também comunidades de municípios de outras zonas do país, como o Alentejo, Oeste, Tâmega e Sousa que disseram não terem sido chamadas a pronunciar-se sobre qualquer proposta, embora alguns autarcas confirmassem saber da "tentativa da AdP para tomar conta de todo o sistema: distribuição em alta e baixa".
A região de Aveiro foi pioneira neste modelo da gestão completa da água numa parceria pública celebrada em 2009.
Os dez municípios accionistas da Águas da Região de Aveiro já fizeram a convergência tarifária, nos últimos cinco anos, num processo contestado por aqueles que praticavam os preços mais baixos, dado que, embora gradual, exigiu "saltos" maiores.
Contactada pela Lusa, a Câmara do Porto fez saber que "não concorda com a entrega do fornecimento de água em baixa à Águas do Douro e Paiva".
Em Matosinhos, a autarquia tem o serviço de água concessionado a uma empresa privada, contudo, o presidente Guilherme Pinto adiantou ser "absurdo procurar nessas concessões (parcerias públicas) fortalecer o défice de uma empresa (Águas de Portugal), que existe por más opções".
Os autarcas receiam, ainda, que a reestruturação vise equilibrar o défice da AdP para mais tarde o sector das águas ser privatizado.
Confrontado pela Lusa com as críticas dos autarcas, o administrador da AdP, Manuel Fernandes Thomaz, respondeu que "não há necessidade de andar para aí a contestar um modelo que não é imposto, é completamente voluntário, quem não quiser, pura e simplesmente diz que não quer".
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) manifestou publicamente a sua oposição às propostas de lei aprovadas no início de Fevereiro na Assembleia da República, que atribuem a fixação das tarifas e a harmonização das mesmas em todo o país, num prazo de cinco anos, à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), dotada também de poderes para aplicação de multas e cobrança coerciva.
A ANMP anunciou que enviou ao presidente da República um parecer do constitucionalista Gomes Canotilho que sustenta que a nova legislação "usurpa as atribuições e competências que a Lei atribui aos municípios, ferindo a sua autonomia regulamentar, patrimonial e financeira constitucionalmente consagradas".
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) contestou já, também, esta reestruturação e, em comunicado, valorizou "a posição dos municípios que recusam abdicar das suas competências e resistem às investidas do Governo/Águas de Portugal, garantindo a defesa dos direitos das populações, dos trabalhadores e dando um contributo importante para derrotar o processo de privatização".

Lusa/SOL

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