O grupo hoteleiro Pestana, responsável pela maior parte da rede nacional de pousadas, subconcessionou hoje a Pousada de São Bartolomeu, em Bragança, a promotores locais.
A unidade hoteleira, com mais de meio século, passa a ser gerida, por um período de cinco anos, por dois jovens empresários da família Geadas, conhecida em Bragança pelos negócios no ramo da restauração, promoção de eventos e animação noturna.
O presidente do Conselho de Administração do Grupo Pestana Pousadas, Castelão Costa, anunciou que esta cessão da exploração em Bragança é a primeira experiência do género no continente e que "se correr bem" outras se seguirão.
O grupo hoteleiro gere desde 2013, e por um período de 25 anos, as pousadas da ENATUR (Empresa Nacional de Turismo) e é atualmente responsável por 30 das 36 unidades da rede nacional.
O administrador explicou que, no caso de Bragança, encontraram "uma entidade local que merece toda a consideração e credibilidade" e entenderam que "a Pousada São Bartolomeu devia ter uma exploração local no sentido de poder vir a ser mais dinamizada ainda".
Castelão Costa garantiu que "esta pousada é rentável", mas pode ser "eventualmente mais rentabilizada com uma exploração local".
"Cada vez mais nós entendemos que as pousadas devem estar mais inseridas na comunidade local e se aparecerem promotores que tenham experiência local e que tenham idoneidade, seriedade, que foi isso que nós reconhecemos nestas pessoas, nós achamos que vale a pena fazer", declarou.
O administrador frisou que a unidade de Bragança continua a ser Pousada de Portugal, comercializada pela central de reservas e promovida no estrangeiro pela rede, "só que em vez de estar a ser gerida centralmente está a ser gerida localmente".
A Pousada de São Bartolomeu, em Bragança, tem 28 quartos, uma taxa de ocupação média de 50 por cento e assegura 14 postos de trabalho, que o administrador garantiu que irão manter-se com a mudança de gestão.
O novo responsável pela unidade hoteleira é António Geadas, um jovem de 28 anos com formação em Gestão Hoteleira que, junto com o irmão Óscar Geadas, de 37 anos, especialista em cozinha, se propõe criar uma nova dinâmica no empreendimento com que pretendem complementar o negócio de família com cerca de 35 anos.
O pai, Adérito, começou a trabalhar com 10 anos na pousada, de onde saiu para criar o próprio negócio e onde regressa agora pela mão da geração mais nova.
Os dois irmãos reconhecem que estão "em contra corrente" com a crise no país e que também se faz sentir no setor, mas afiançam que embora façam parte da "geração que está a fugir" por falta de oportunidades, preferem "ficar e acreditar" neles próprios e no potencial da região.
"Bragança também está na moda", afirma António, que sustenta a convicção nos próprios dados da pousada com a procura a "aumentar imensamente nesta época de inverno".
O negócio familiar vai criar mais "dois/três postos de trabalho", com o recrutamento de novo pessoal para a restauração devido à transferência dos dois irmãos para a hotelaria.
HFI // JAP
Lusa/fim
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