A Escola Superior de Administração e Comunicação e Turismo (ESACT) de Mirandela promoveu um seminário denominado “Memórias do Cachão” que pretendeu reviver memórias, questionar o presente e o futuro do Complexo Agro-industrial do Cachão (CAICA), que já foi um dos maiores motores industriais da região.
O seminário teve início com a projecção do documentário “CAICA – Memórias Sociais do Nordeste Transmontano”, da autoria de dois alunos da ESACT.
“Quando iniciámos a pesquisa, eu falei um pouco com a minha mãe e trocámos algumas impressões sobre as memórias que tínhamos do Complexo e nasceu uma sede de saber mais sobre ele”, refere o realizador do documentário, Ricardo Paulo.
Criado na década de 60, pelas mãos do engenheiro agrónomo Camilo Mendonça com o apoio do Estado Novo e de Salazar, o Complexo chegou a empregar milhares de pessoas. Tudo que se produzia em Trás-os-Montes podia ser enviado para o Cachão, onde seria transformado, desde castanha, hortícolas, vinho e frutícolas, entre muitos outros.
O presidente da Câmara Municipal de Mirandela, que é accionistas da empresa que gere o Complexo, juntamente com a Câmara de Vila Flor, considera que o CAICA ainda é uma área industrial com elevado potencial. “Tem tratamento de afluentes, tem água em quantidade, tem infra-estruturas de energia, fibra óptica, tem terrenos, espaço e é uma zona classificada no PDM de Mirandela”, enumera António Branco, acrescentado que o importante é captar empresas que queiram regenerar o Complexo e criar postos de trabalho.
in:jornalnordeste.com
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