A empresa concessionária das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no Nordeste Transmontano, perspetivou que a exploração mineira comece no final de 2016.
"Estamos a fazer todos os esforços para que, no final de 2016, a exploração de minérios de ferro seja uma realidade no concelho de Torre de Moncorvo, antecipando em um ano o prazo dado pelo Governo para a conclusão da conceção experimental do projeto", disse o representante da MTI - Ferro de Moncorvo, Carlos Guerra.
A empresa concessionária acrescentou que o processo será executado de forma gradual nos próximos cincos anos. E quando se atingir "a velocidade de cruzeiro" poderão cria-se 500 postos de trabalho diretos.
A MTI - Ferro de Moncorvo já havia revelado que os trabalhos de prospeção em curso na serra do Reboredo, na zona do Carvalhal, Torre de Moncorvo, têm mostrado "resultados promissores" pela qualidade das amostras de minério de ferro já recolhidas.
A empresa já disse que irá investir cerca de 600 milhões de euros ao longo do período de concessão, que tem uma duração de 60 anos.
Espera que " uma decisão favorável sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)", que será entregue à tutela no próximo mês de abril, tendo as entidades competentes cerca de 100 dias para se pronunciarem sobre o estudo já efetuado.
Segundo a empresa mineira, o projeto de Torre de Moncorvo incide sobre "o maior depósito" de minério de ferro não explorado na Europa Ocidental.
O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, disse estar confiante no projeto mineiro, já que o Governo tem dado "respostas positivas".
"Os benefícios para o concelho já foram negociados e uma das exigências é que a sede da empresa concessionária das minas ficasse no concelho de Torre de Moncorvo", frisou o autarca.
Quanto a outras contrapartidas, a autarquia vai poder contar com 3% do valor do minério extraído à boca da mina.
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