Um movimento de cidadãos do distrito de Bragança apresentou no Tribunal Administrativo Fiscal de Mirandela (TAFM), uma providência cautelar, em forma de ação popular, contra o enceramento da Unidade de Sanidade Animal de Mirandela (USAM).
Anualmente, o laboratório realiza de 380 mil análises e serve 12 organizações pecuárias, abrangendo 11 mil produtores da região Trás-os-Montes e Alto Douro.
"Um grupo de cidadãos e profissionais do ramo agropecuário entende que é injusto o encerramento do USAM e que isso feriria gravemente os interesses dos produtores pecuários e até da própria região", disse Júlia Rodrigues, médica veterinária e representante do movimento de cidadãos.
O documento registou, "num curto espaço" de tempo, mais de 200 assinaturas de cidadãos transmontanos oriundos de diversos quadrantes políticos ou atividade profissional, afirmou a fonte.
A providência cautelar tem como objetivo "intimar o Estado Português”, através do Ministério da Agricultura e do Mar, “a abster-se da prática de qualquer ato administrativo ou operação material que determine o enceramento da USAM".
O movimento de cidadão refere a que, apesar da importância que o laboratório tem para a região transmontana e duriense, o equipamento móvel começa a ser levado para Vairão, concelho de Vila do Conde, distrito do Porto.
Segundo o movimento, está em causa a defesa da saúde pública e a própria defesa dos consumidores, bem como a proteção do consumo de bens e serviços.
"A manutenção da unidade de sanidade é importante para a coesão territorial e para a fixação de técnicos que são formados na universidade e escolas politécnicas transmontanas, já que se trata de uma grande investimento público na região", acrescentou Júlia Rodrigues.
in:rba.pt
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