Norberto Canha |
Os políticos – na grande maioria pertencem às Ciências – Humanistas, Jurídicas e Empresariais – falam de leituras, de internet e, do ouvido. Não têm experiência de vida. Adoptam nas Assembleias, seja de juntas de freguesia, câmaras, ou da República, o contraditório; tão generalizado na justiça. Não têm experiência de nada!
São Globalistas e não sabem que tudo é global, mas simultaneamente específico! Isto é, cada país, cada região, cada aldeia ou vila é uma unidade funcional. Eles pertencem quase todos às grandes cidades, a que no nosso caso alguém chamou República de Lisboa; põem, dispõem, contradizem, mandam, mas Lisboa nada produz, tudo consome!
Quem vai ao contraditório das televisões e imprensa? São os lisboetas, ou já lacaios de interesses lisboetas! Não aparece ninguém que tenha tempo de antena da Província para discutir a Agricultura… o Ensino… a Crise… as causas… as consequências… as soluções…
Por este andar não há solução! Nada se produz; apresentam estatísticas viciadas, querendo levar a crer que estamos a caminhar no rumo certo. Ilusão! Para não dizer mentira!
Como eu gostaria de ser Presidente da República para pedir e exigir dos chefes de todos os partidos, tenham ou não, ou venham a ter maioria para governar um plano de governo; partindo da verdade real e não da forjada para governar e tirar o País da crise em que caímos. Cessariam as palavras vilipendiosas, dando lugar à realidade e então ir-se-ia ao encontro de como salvar o País, que quase de certeza levaria à formação de um Governo de Convergência com responsabilidade de todos. O País, em curto espaço de tempo, terá salvação; deixaria de ser escravo dos esclavagistas modernos que são os Todo-poderosos que manipulam o capital.
Insisto em que tendo que importar à volta de 80% da energia que consumimos, é um desaforo! Aperte-se o cinto durante 4/5 anos com responsabilização de todos, então poderemos gritar – já somos livres!
Para terminar nada melhor que contar histórias verdadeiras, passadas por um ainda meu parente – Governador Civil de Bragança. Queria desenvolver o Norte. Começa por ir receber o Presidente da República, como mandam as regras, ao Pocinho.
O presidente -aponta para os cabos e postes de electricidade; “Que é aquilo?” São cabos ladrões! O presidente não terá gostado, mas era e é a realidade. Energia era lá produzida, nada ficava, os proveitos eram e são para Outros.
Na sua boa fé pede ao Ministro da Tutela para o receber. Assim aconteceu! Traz a acompanhá-lo um conjunto de Notáveis. São recebidos e, exposto o que pretendiam, o ministro diz: “Mas os senhores têm 5 ou 6 ministros de Trás-os-Montes e vêm logo falar comigo que sou da Guarda?”.
Embraçados, responde um latagão que era agricultor, embora também fosse licenciado em Direito: “Senhor Ministro os Ministros da minha terra são como as criadas de servir, chegam a Lisboa e prostituem-se!”. Não será isto que está a acontecer? Os Senhores Políticos não ouvem na sua terra, os que da vida sabem alguma coisa. Não discutem os problemas; fecham-se numa concha hermética; transformam-se na voz do dono. De todos os donos que surjam, pois o que querem é manter o estatuto que adquiriram, isto é, manter o seu bem-estar com outros bem-estar que venham a acontecer.
Senhores Políticos: pensem no Afeganistão… no Iraque… na Síria… No Egipto… Na Líbia… Incendiaram-nos e, agora, como apagar o incêndio? Não há bombeiros, dirão! Abandonam-nos!
Só haverá uma forma de que isto não volte a acontecer. Se criarmos uma Sociedade de valores!
in:asbeiras.pt
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