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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Aldeia de Grijó de Parada - Caracterização

Abrangendo uma área consideravelmente extensa, Grijó de Parada é uma freguesia localizada a sudeste da capital concelhia, dela distando uma dezena e meia de quilómetros. Providenciando a ligação rodoviária entre aquelas, temos a E.N. 217, complementada por um desvio camarário a partir da povoação de Carocedo.
Agricultura e pecuária serão, uma vez mais, os setentáculos económicos desta paróquia, constituída pelos lugares de Grijó de Parada e Freixedelo. Estes reúnem actualmente cerca de 460 residentes.
Na imensidão da paisagem planáltico envolvente a estes povoados, sobressaem aqui e ali algumas imponentes massas rochosas, as quais recebem curiosas designações derivadas ao termo “pena”, tais como Penamaior e Penigueto.
Algo intrigante é a preciosa notícia arqueológica registada por um autor setecentista, José Cardoso Borges, na sua “Descrição Topográfica da Cidade de Bragança”: “em o lugar de Grijó de Parada, de um monte que chamam a Torre de Modorra, tiraram quantidade de pedras, de que se aproveitaram para a reedificação da igreja do mesmo lugar, e das que se podem ver, são mais de cinquenta com bons frisos e remates”. Pese embora o facto de o termo “Madorra” se achar frequentemente relacionado, na tradição popular, com as características mamoas dos monumentos megalíticos pré históricos, parece-nos que neste caso o topónimo em apreço aludirá porventura a um alto defensivo castrejo.
Num caso ou noutro, porém, aquele informe setecentista indiciará vestígios de recuada presença humana, pré ou proto-histórica, no aro da freguesia. É esta invocada a um orago de certa raridade por estas paragens transmontanas, sabendo-se que o culto a Sta. Maria Madalena remontará já a um período pré-nacional.
Sugestiva é também a origem etimológica do topónimo “Grijó”, supostamente evoluído (como quer Viterbo) a partir de “ecclesia”, termo latino que deu “Igreja”.
Nas “Inquirições” ditas afonsinas, do séc. XIII, surge a grafia “Griyoa”. É natural que a evolução fonética tenha percorrido as formas “Eigrejo” e “Grejó”, onde surgirá evidente o diminutivo “ó”.
A Igreja Matriz guardará ainda testemunhos arquitectónicos de época baixo-medieval e sabor românico, sobretudo ao nível do respectivo pórtico, de tripla arcatura lisa. Os arcos, de volta perfeita e aresta viva, repousarão sobre um par de impostas talhadas em caveto. Alvo de sucessivos aumentos e reformulações, o templo surge rematado, ao alto da empena, por um enorme campanário de tripla ventana. As obras de reconstrução ter-se-ão iniciado em 1732, achando-se concluídas por 1787. No interior, poderá apreciar-se detidamente o altar-mor, de rica talha barroca. Este é complementado por um interessante tecto de madeira em caixotões, ostentando pinturas de apóstolos e santos.
Em Freixedelo fica um outro templo de razoáveis proporções e singela traça, presentemente
rebocado e caiado. Existem ainda, no termo da freguesia, as Capelas de S. Roque e S. Sebastião, bem assim como um maior recente Nicho de N. Sra. de Fátima.
Tradições
Esta freguesia possui diversas tradições, que ainda hoje se realizam, especialmente no domínio de rituais associados a festividades: Reis, Caretos.
Quanto aos trajes característicos destacam-se os que são usados pelos caretos. Estas figuras apresentam-se com fatos garridos e franjados, feitos de velhas colchas de lã e cobertos de chocalhos.
A careta é uma máscara para o rosto, feita da folha de zinco, madeira ou cortiça, e pintada de preto e vermelho. Quase sempre tem outras decorações, como uma língua de fora grande e preta, sobre um fundo vermelho e pequenos cornos pintados.
Quanto aos jogos típicos, ainda hoje se praticam durante todo o ano, tais como: o jogo do Fito, da Relha, da Pedra e do Ferro.

in:cm-braganca.pt

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