Pelo nono ano, Morais, no concelho de Macedo de Cavaleiros, recuou algumas décadas para uma segada à moda antiga.
Munidos de forcadas de pau e de uma malhadeira mecânica, mas ainda em madeira, algumas dezenas de pessoas aceitaram o desafio de voltar a outros tempos, em que o cereal só deixava a terra com a força de braços de homens e mulheres.
Uma forma de não deixar esquecer a outras gerações que servia de sustento a muitas famílias, diz o presidente da junta de Morais, Mário Teles.
A família de Engrácia Veiguinha era a proprietária da malhadeira que agora só trabalha um dia por ano. Desde os 14 anos que Engrácia trabalha nas segadas, e agora, com mais de 60, o “bichinho” não morreu.
Francisco Geraldes também ajuda na recriação de um trabalho agrícola com que conviveu desde criança.
Alexandre Geraldes é irmão mais velho de Francisco Geraldes.
Recorda os tempos em que as segadas começavam em maio, com a apanha da aveia, e em que o trabalho se estendia, às vezes, noite dentro.
Morais reviveu outros tempos com a recriação de uma segada à moda antiga.
Pela manhã, procedeu-se à ceifa do cereal. À tarde algumas dezenas regressaram ao campo, desta vez para a malha, feita como antes da haver máquinas para substituir o suor do Homem.
Escrito por ONDA LIVRE
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