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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Outeiro é a primeira aldeia portuguesa a ter uma basílica

foto: Manuel Roberto
A ideia de elevar a igreja de Outeiro a basílica menor já tem cerca de 30 anos.
A igreja-santuário de Santo Cristo, em Outeiro, na diocese de Bragança-Miranda, foi elevado pela Santa Sé a basílica menor, a primeira a localizar-se numa aldeia em Portugal.
O processo de candidatura foi entregue para apreciação há pouco mais de um ano, por ocasião da celebração dos 300 anos da dedicação daquele templo.
O bispo da diocese nordestina admite que esta elevação será "importante" não só ao nível religioso mas, também, para a divulgação do património arquitectónico da região. “Há algumas igrejas que, pela sua importância, manifestam a presença de Deus no meio do seu povo e se destacam pela sua arquitectura, pela sua veneração especial por parte dos fiéis, importância histórica ou a beleza artística da arquitectura ou decoração e que se constituem centro de actividades litúrgicas e pastorais de assinalável relevo, sendo, por isso, reconhecidas com este título”, explicou ao PÚBLICO D. José Cordeiro.
De acordo com o prelado, este título agora atribuído à igreja-santuário de Outeiro ajuda “a vincular mais a relação com a igreja universal e a ter, também, maior credibilidade para exercer a sua actividade pastoral e litúrgica”.
No uso cristão, a basílica é um edifício sagrado, sendo que se dividem em duas categorias: As basílicas maiores (as papais, que são quatro, e são elas a de S. Pedro, a de São Paulo Fora-de-Muros, a de S. João de Latrão e a de Santa Maria Maior) e as basílicas menores.
Em Portugal, entre outras, existem a Basílica de Fátima, a da Estrela (Lisboa) e, recentemente, a nova igreja da Santíssima Trindade, também em Fátima.
A ideia de elevar a igreja de Outeiro a basílica menor já tem cerca de 30 anos. Nasceu em 1983. “Houve o desejo de tornar esta igreja magnífica em santuário diocesano ou basílica. Em 2013, quando celebrámos ali os 300 anos da dedicação, o desejo veio ao de cima e, pouco depois, iniciámos o processo que agora se conclui”, adiantou o bispo.
Com o título agora atribuído, e cujo decreto será, então, lido publicamente no sábado, no próprio templo, esta passa a ser a primeira basílica da diocese de Bragança-Miranda, a primeira em Portugal que se situa numa aldeia.
O facto de passar a ser uma basílica menor ajuda a uma maior promoção do património e, “sobretudo, ajuda à sua transformação num centro de acção pastoral e litúrgica”, frisa D. José Cordeiro.
A construção da igreja do Santo Cristo de Outeiro remonta ao final do século XVII. De acordo com a tradição e algumas gravações em pedra que ali se encontram, no dia 26 de Abril de 1698, numa capela de Outeiro, o Santo Cristo suou sangue. “Este milagre conheceu rápida divulgação e muita devoção e por isso, ainda nesse ano, foi lançada a primeira pedra para a construção do santuário”, explicou o bispo diocesano. No ano passado, durante a celebração que assinalou os 300 anos da dedicação do santuário, o templo já tinha recebido, inclusivamente, uma bênção apostólica enviada pelo Papa Francisco ao reitor e peregrinos do Santuário.
A igreja foi aberta ao culto em 1713, no dia 3 de Maio. Contudo o templo só foi concluído em 1739 mas, nessa altura, já o local se tinha tornado um importante local de peregrinação.
D. José Cordeiro considera esta igreja “o expoente máximo da construção religiosa” no concelho de Bragança. A igreja é um dos imóveis com maior valor arquitectónico do distrito, considerado mesmo Monumento Nacional desde 1927.
A proposta de elevação a Basílica foi lançada pela diocese de Bragança-Miranda, pela Câmara Municipal e pela Direção Regional de Cultura do Norte. Este processo para a classificação entregue à Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos por D. José Cordeiro surge no decurso de um desafio anteriormente lançado por D. António Rafael, actual bispo emérito, que muitas vezes se referia a esta igreja como “Basílica de Santo Cristo de Outeiro”.
E por causa disso, há dois anos a igreja foi alvo de obras que permitiram a substituição da cobertura e a requalificação de todo o imóvel, bem como a adaptação do espaço de culto, de modo a corresponder às exigências da Congregação.
A celebração solene da promulgação do título só ocorrerá a 8 de Novembro, durante as celebrações dos 500 anos do segundo foral de Outeiro.

Jornal Público

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