Centenas de imigrantes da Bulgária, Roménia, Cazaquistão, entre outros países, povoam por estes dias de vindima os concelhos da Região Demarcada do Douro.
Vêm por que o despovoamento galopante de Trás-os-Montes e Alto Douro deixa a região sem mão-de-obra local.
Os viticultores não têm outro remédio senão recorrer aos estrangeiros, e é se não querem deixar as uvas nas videiras.
Elia Christev é búlgaro, leva em Portugal os últimos cinco dos seus 44 anos de idade, e quando a oferta de trabalho aumenta é ele que faz chegar cá mais 40 compatriotas, sobretudo familiares.
De acordo com Elia, os búlgaros procuram trabalho em Portugal devido à crise de emprego no seu país:
Para arranjar mais mão-de-obra nacional, há viticultores a defender que o Governo crie mecanismos para que os desempregados, nomeadamente das grandes cidades, possam trabalhar e ganhar dinheiro na época das colheitas.
Para o efeito, devia arranjar alojamento nos quartéis militares, ou por exemplo na Escola Agrícola de Carvalhais, em Mirandela, garantindo comodidade enquanto estivessem deslocados. Ao mesmo tempo que ganhavam dinheiro, o Estado poupava nas prestações sociais que lhes paga.
E até há quem ache que devia haver mudanças no calendário escolar para quem vive em zonas de colheitas sazonais, de forma que toda a mão de obra familiar pudesse ser melhor aproveitada, bem como proibir cursos de formação com remuneração em altura de colheitas, pois muita gente prefere ir para lá do que ir à vindima.
Informação CIR (Rádio Ansiães)
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