A instabilidade das temperaturas deste ano está a causar prejuízos aos agricultores.
O sector vitivinícola é um dos mais afectados. Além dos prejuízos causados pela demora no amadurecimento das uvas, o excesso de humidade está a originar infecções fúngicas que provocam doenças como o míldio e o oídio.
O director regional de Agricultura do Norte, Manuel Cardoso sublinha que este é um ano agrícola fora do normal. “Não estamos num ano agrícola exactamente normal.
Tivemos flutuações de temperatura que puseram em causa o amadurecimento de muitos frutos. Temos problemas em matéria de vinha onde há quebras de produção devido a problemas fito sanitários associados ao excesso de humidade do final da primavera e do Verão e problemas de maturação devido ao facto de terem ocorrido temperaturas mínimas anormalmente baixas”, salienta o responsável.
No sector vitivinícola há uma quebra de produção de cerca de 15 por cento. O atraso no amadurecimento está a fazer com que as vindimas se façam de forma gradual, prevendo-se que durem até mais tarde.Também a produção da maçã está a ser afectada pelo ano agrícola atípico.
No concelho de Carrazeda de Ansiães onde existem cerca de 800 hectares de macieiras e a produção ronda as 15 mil toneladas por ano, registou-se uma quebra que ronda, em média, os 20 por cento mas que pode chegar, nalguns casos, aos 50 por cento.
A instabilidade das condições climatéricas está também a afectar o índice brix, que mede o teor de açúcar dos frutos, e que está a apresentar níveis relativamente mais baixos do que o normal.
Escrito por Brigantia
Sem comentários:
Enviar um comentário