Mais de metade da produção de castanha pode estar perdida nos concelhos de Bragança e Vinhais. Os castanheiros estão a perder a folha antes do tempo e os ouriços ficam na árvore e não desenvolvem o fruto. Trata-se de um fungo que está a afectar os soutos, por causa do excesso de chuva que caiu no Verão.
Na freguesia de Espinhosela, no concelho de Bragança, os agricultores estão desolados e calculam prejuízos avultados nesta campanha da castanha. “A produção ficou aquém do esperado. Parecia um radiante ano, visto isto há três meses atrás e verificou-se o contrário”, afirma Manuel João Rodrigues. “Este ano, a produção é inferior cerca de 60 por cento em relação ao ano passado.
Os soutos estão miseráveis, todos queimados. Nunca me lembra de um estado assim. Esperamos que a árvore não fique afectada para os próximos anos”, assegura Glicério Pires. A Junta de Freguesia de Espinhosela já questionou a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que enviou uma circular em que explica que se trata de um fungo que está a afectar os castanheiros.
O presidente da Junta, Telmo Afonso, diz que nesta campanha já não há nada a fazer. “Neste momento é apanhar as castanhas. A indicação que nós temos da Direcção Regional de Agricultura é que após a apanha das castanhas dizem-nos para queimarmos os ouriços e as folhas e fazer a aplicação de cobre nos soutos para minimizar o ciclo evolutivo deste fungo para os próximos anos”, explica o autarca.
Numa região onde a castanha é o produto agrícola mais rentável, Telmo Afonso teme perdas significativas nos rendimentos das famílias. Este problema está a afectar os soutos em toda a região transmontana e há zonas onde se prevêem quebras na ordem dos 80 por cento.
O presidente da Arborea – Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana defende que o Governo disponibilize uma linha de apoio para os produtores de castanha afectados.
Eduardo Roxo compara mesmo os estragos causados por este fungo a uma tempestade. “Este ataque é muito parecido com uma tempestade. É um desastre. E, portanto, se não vier esse apoio é de facto uma injustiça a juntar a muitas outras aqui para a região”, realça o responsável. Quebras superiores a 60 por cento na produção de castanha no concelho de Bragança.
Na região transmontana há zonas onde as perdas na produção ascendem aos 80 por cento. À quebra nos rendimentos os produtores vão ter agora que juntar os custos com o tratamento dos castanheiros no final da campanha para tentar salvar a produção do próximo ano.
Escrito por Brigantia
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