Os resíduos do incêndio que deflagrou há pouco mais de um ano no Complexo Agro-Industrial do Cachão, em Mirandela constituem um perigo para a saúde pública.
A constatação é do eurodeputado do PCP, João Ferreira, que visitou o distrito de Bragança nos últimos dois dias.
O eurodeputado diz ter questionado a autarquia de Mirandela, que afirmou não ter verbas para a remoção dos resíduos, que significaria um investimento de cerca de 240 mil euros. João Ferreira considera urgente encontrar uma solução para o problema.“É sabida a situação perigosa que ali está.
Continua a haver periodicamente alguns reacendimentos, está ali um problema grave de saúde pública que deve ser resolvido pelas autoridades de saúde e pelas autoridades ambientais. Deve haver uma acção no sentido de proceder à remoção coerciva daqueles resíduos, imputando aos proprietários o custo dessa remoção”, salienta o eurodeputado.
O Complexo Agro-Industrial do Cachão está a ser gerido pelas autarquias de Mirandela e Vila Flor que, recentemente, aprovaram o regulamento para o concurso público para colocar o matadouro à venda, por um preço base de três milhões de euros.
João Ferreira afirma que não pode haver privatizações no complexo, devendo existir, sim, investimentos públicos que o tornem num motor de desenvolvimento do sector agro-industrial da região. "Nós vemos o complexo como um valor estratégico para a região que não está a ser aproveitado, pelo contrário, está a ser alienado através da opção pela privatização e pela venda progressiva, em partes, do complexo. É uma infra-estrutura que tem todas as condições para dar um grande impulso à produção regional, em vários sectores, para funcionar como um entreposto de recolha de produtos regionais, de valorização desses produtos, de transformação e de ajuda à comercialização”, considera João Ferreira.
Escrito por Brigantia
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