Cerca de 800 pessoas passaram ontem pelo Teatro Municipal de Bragança para assistir à exibição do filme “Os Maias”, de João Botelho.
As duas sessões tiveram lotação esgotada. A sessão da tarde destinou-se aos estudantes de ensino secundário do distrito, que estudam esta obra literária de Eça de Queirós e a sessão da noite foi aberta ao público, em geral.
Há mais de dois anos sem cinema, a exibição deste filme veio lembrar a falta que a sétima arte faz em Bragança. Ainda que com as novas tecnologias seja fácil ter acesso aos filmes mais recentes, principalmente no seio dos jovens, há quem continue a defender a importância do cinema. “Bragança é um cidade pequena mas é sempre importante termos cinema. É diferente ver um filme no computador e na televisão ou no cinema”, constata Cristofe Sá, estudante do 11º ano.
A directora do Teatro Municipal de Bragança salienta que a exibição de “Os Maias” é um projecto nacional, garantindo que a sala de Bragança se associou pelo interesse público. Apesar de lamentar a falta de cinema na capital de distrito, Helena Genésio defende a separação das duas áreas culturais. “Entramos nesta apresentação porque entendemos que o filme é de interesse público”, sublinha a responsável.
O actor Hugo Mestre Amaro, que interpreta a personagem de Dâmaso Salsede, tem vindo a acompanhar a exibição do filme um pouco por todo o país. Em cada local que passa faz questão de deixar uma mensagem, sobretudo aos jovens, para que sigam uma alimentação saudável e pratiquem exercício físico.
Esta preocupação surge depois do actor ter engordado cerca de 15 quilos para interpretar a personagem do Dâmaso, chegando a pesar 100 quilos.
Hugo Mestre Amaro quer deixar o testemunho de que, através de uma dieta proteinada, em 56 dias conseguiu perder 17 quilos. “Estava com 105 quilos quando acabei o filme. Decidi perder peso quando a médica que me estava a acompanhar me alertou para os riscos que o excesso de peso e obesidade reflectem para a nossa saúde”, frisa o actor.
A exibição do filme “Os Maias” conta com o apoio de várias entidades, entre elas o Governo de Portugal e começou a percorrer o país no passado mês de Outubro.
Escrito por Brigantia
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