Cerca 70 pessoas manifestaram-se hoje em Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, pedindo a libertação de um homem condenado em primeira instância a três anos e meio de prisão efetiva por tentativa de homicídio.
Perante um discreto dispositivo policial e sem quaisquer incidentes, os manifestantes concentraram-se frente ao tribunal de Torre de Moncorvo, gritando palavras de ordem em defesa da libertação do homem ou afirmado que ele não constituiu qual "perigo" para a sociedade.
Em declarações à agência Lusa, Nelson Sousa, advogado de defesa, disse que vai dar entrada ainda hoje, no tribunal, o recurso da pena aplicada em primeira instância. "Enquanto houver possibilidade de recurso, a condenação do meu constituinte é considerada como prisão preventiva", acrescentou.
Questionado sobre a manifestação, Nelson Sousa recusou entender este tipo de iniciativa como qualquer pressão sobre o Estado de Direito, entendendo-a apenas como o exercício de um direito constitucionalmente consagrado.
Durante o protesto frente ao tribunal, os populares garantiram que com a manifestação "apenas" se pretendeu demonstrar que a acusação "não é verdadeira".
"Acho uma injustiça que o senhor esteja preso, está inocente. Ele é um bom homem", afiançou Júlia Matos, uma das presentes na manifestação.
Alcina, filha do arguido, disse, por seu lado, que a pena aplicada só não foi suspensa devido ao alegado "alarme social" que isso poderia causar.
O homem foi condenado em 24 de outubro do ano passado a três anos e seis meses de prisão efectiva por tentativa de homicídio druante uma festividade popular.
FYP // JGJ
Lusa/fim
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