Caiu como um cristão …sem forças… carcomido pelo tempo… longos estios, dolorosos invernos.
O velho castanheiro, imponente, altivo, oferecia a sombra aos longos rebanhos e guardava segredos dos que se faziam recato no urgência do amor… tantos!
… castanhas nunca se recusou a ser generoso para alegria dos que sonhavam com a lareira acesa… os bilhós dourados e a jeropiga doce.
… louvado seja Deus!
De ano para ano o colosso enfraquecia e a primavera bem teimava, mas as escassas folhas anunciavam o fim… para desgosto do pica-pau que fez do velho castanheiro a sua casa… o seu refúgio… maternidade de tantos anos.
Resistiu enquanto pode… deu-se por inteiro…
Este ano … tombou… e cumpriu-se!
… paz à sua alma de castanheiro!
Agora somos vizinhos… que orgulho!
Fernando Calado
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