Os Bombeiros Voluntários de Izeda têm novo comandante e novo presidente da Associação Humanitária. As funções são novas mas quem as desempenha conhece bem a instituição.
O novo comandante é Óscar Esménio, que entrou há 15 anos para a corporação, tendo desempenhado as funções de adjunto do comando durante 7 anos e as de 2º comandante, há pouco mais de um ano.
Com uma média de idades do quadro activo a rondar os 28 anos , esta é a corporação de bombeiros mais jovem do distrito. Aos 33 anos, Óscar Esménio é também o comandante mais novo do distrito.
O Jovem mostra-se preocupado com o desemprego na região, que tem levado à emigração de jovens bombeiros.
Na cerimónia de tomada de posse, que decorreu no passado sábado, Óscar Esménio deixou o desafio ao Município de Bragança para que apoie a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente, que poderia fixar pelo menos 5 bombeiros e as suas famílias à vila de Izeda. “Era uma mais-valia, de forma a assegurar o socorro de forma mais eficaz e, ao mesmo tempo, este problema da emigração se calhar era atenuado. Para criar uma equipa dessas são necessários os homens, que nós temos formados, o apoio da autarquia em 50 por cento das despesas inerentes a esses homens e os restantes 50 por cento ficam a cargo da Autoridade Nacional de Protecção Civil”, revela o novo comandante.
Esta pretensão era uma ambição também do seu antecessor e do presidente da Associação Humanitária que agora cessou funções. Luís Filipe Fernandes, justifica a saída com a falta de tempo para se dedicar à corporação, uma vez que estava a acumular também o cargo de presidente da União de Freguesias de Izeda, Calvelhe e Paradinha Nova.
O autarca garante que deixa a associação numa situação estável, fazendo um balanço positivo deste mandato de três anos mas confessa que sai “com alguma mágoa” por não ter conseguido concretizar o projecto da Equipa de Intervenção Permanente (EIP). “Eu e o comandante saímos com alguma mágoa porque gostávamos muito que se tivesse criado a EIP. É importantíssimo para a operacionalidade da corporação e permite também criar 5 postos de trabalho, que podem fixar em Izeda 5 famílias, o que é extremamente importante”, frisa o autarca.
Sobre o apoio à constituição desta equipa, o presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, não quis deixar respostas definitivas. Disse apenas, no seu discurso durante a cerimónia, que queria deixar “uma mensagem de esperança para o futuro”, acrescentando que tem que haver “um diálogo entre o bom senso e a capacidade de executar”.
Quanto ao novo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Izeda é João Lima, que há 7 anos comandava a corporação, tendo durante outros sete desempenhado as funções de vice-presidente da Associação.
João Lima abandona o cargo de comandante por ultrapassar a idade permitida para desempenhar essas funções, ou seja 65 anos. Ontem foi eleito como presidente da associação. João Lima acredita que o comando “não poderia ter ficado em melhores mãos” e já tem projectos enquanto presidente. “Pretendemos o crescimento da corporação, o acréscimo do quartel e a aquisição de uma viatura de combate a incêndios florestais”, revela o agora presidente da Associação Humanitária.
A cerimónia de tomada de posse do novo comandante e do adjunto de comando, Artur Lima, decorreram no quartel dos Bombeiros Voluntários de Izeda, no passado sábado. Já ontem, decorreram as eleições da nova direcção da instituição, que tiveram apenas uma lista a sufrágio.
Escrito por Brigantia
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