A couve penca é um dos ingredientes indispensáveis na mesa de consoada e Natal dos transmontanos. Este legume junta-se ao rábano, o tubérculo popularmente conhecido por “raba”.
Em Carvalhais, no concelho de Mirandela, quase todos os habitantes plantam couve penca. Dizem que as terras da freguesia e o clima são apropriados ao bom desenvolvimento desta couve.
Prova disso é o sucesso da Feira da Couve Penca que se realiza há onze anos nesta localidade e que teve a sua última edição no passado Domingo. A opinião é unânime: o Natal não é a mesma coisa sem a presença da couve penca na mesa.
A oferta da couve, nó só de Carvalhais mas também de outras localidades do concelho de Mirandela não chega para a procura, não só na feira, mas durante todo o ano. Que o diga Rosa Seixas, natural de Contins, que no último fim-de-semana vendeu milhares de pés deste legume, que seguiram para a Suíça.
A agricultora não tem dúvidas que o sabor da couve que cresce ao ar livre na terra quente, a distingue das que crescem em estufas e que são vendidas nas grandes superfícies comerciais. “As pessoas compram muito nos hipermercados mas essas couves não têm nada a ver com a nossa, não é tão saborosa.
A nossa couve cresce ao natural e o paladar é muito diferente da couve de estufas”, considera a produtora de couve penca.
Nesta consoada, a maioria dos transmontanos não dispensa a couve penca a acompanhar o polvo, o bacalhau e o rábano.
Escrito por Brigantia
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