Uma família, composta por uma idosa de 86 anos e dois filhos com cerca de 40 anos, vive sem as condições mínimas de higiene, mesmo ao lado do Museu Ibérico da Máscara e do Traje, no centro histórico de Bragança.
As três pessoas vivem no rés-do-chão de uma moradia, sem instalações sanitárias e de onde emana um cheiro nauseabundo, que segundo relatos dos vizinhos, passa para o museu.
Uma situação que levou o conhecido da família, Jorge Moreira, a solicitar a intervenção das autoridades, nomeadamente da Câmara Municipal de Bragança.
Jorge Moreira não compreende porque é que ainda nada foi feito e considera que uma das soluções poderia ser a atribuição de uma casa, propriedade da autarquia e que está desabitada há cerca de 2 anos. . “Isto é uma questão de saúde pública. As autoridades estão à espera que haja um incêndio ou uma desgraça para fazerem alguma coisa”, considera o ex-morador desta zona da cidade. Actualmente, a moradia é dos pais de Jorge Moreira que afirma que para fazer obras era necessário que esta família tivesse outro local para onde ir.
Alda dos Santos vive nesta casa há mais de 40 anos. Paga dois euros de renda. Dorme e come na mesma divisão, onde na inexistência de casa de banho, é utilizado um buraco para esse efeito. Os dois filhos dormem num patamar inferior e onde não há electricidade. O chão das duas divisões é húmido e em terra batida. Mas Alda dos Santos é modesta nos pedidos. Essencialmente, queria ter mais saúde. “Precisava de tudo mas principalmente saúde que não tenho”, refere Alda.
Apesar das várias tentativas, não foi possível obter uma resposta do presidente do Município de Bragança sobre este assunto.
Escrito por Brigantia
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