Os trabalhos refletem, de uma maneira muito expressiva, a forma de vida que o artista desde há muito escolheu, uma ligação com a Natureza. Este estilo de vida, que é o contexto real de produção das suas obras, é por si só, uma forma de arte.
Vive na Serra de Nogueira (Bragança) e o trabalho com a terra ocupa uma parte fundamental do seu tempo, uma vez que é dele que obtém os bens necessários à alimentação, uma clara opção por uma alimentação natural.
O seu dia-a-dia decorre numa constante atitude de respeito e amor pela Natureza, bem manifesto na protecção às espécies de animais e plantas existentes. Bem como a forma de tratar a terra, recusando em absoluto produtos químicos. No contexto desta ligação entre Natureza e Arte foi distinguido em 2001, a nível ibérico, no XXII Concurso Internacional do Dia da Agricultura, com uma Menção Honrosa para a “Melhor iniciativa local de Desenvolvimento Rural” – Fundação S. V. Galícia.
“Todos estes aspetos estão de tal forma interligados que é impossível dissociá-los da produção artística. É pois natural que neste contexto vejamos surgir diante de nós, como se habitassemos um conto mágico da floresta cheia de Gnomos, Fadas e Duendes, os mais inesperadas formas, sempre novos e sempre surpreendentes como as estações do ano, seres e formas que parecem questionar-nos acerca da nossa relação perdida com a Mãe Terra, e da confusa relação moderna com a nossa Natureza Humana”, refere a propósito desta exposição Luís Manuel Lopes.
Tratando-se de um evento de cariz cultural esta é também uma boa ocasião para revisitar o Museu do Abade de Baçal e conhecer a sua programação cultural. A entrada é gratuita.
Organização: Museu do Abade de Baçal
Local: Museu do Abade de Baçal
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