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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PARA QUEM VÃO OS FUNDOS COMUNITÁRIOS GASTOS NO PLANTIO DE NOVOS SOUTOS?

Foi um facturar com ganância pelos mais expeditos

Há anos, com a vulgarização dos Projectos dos fundos comunitários, alguns engenheiros ou regentes agrícolas batiam as aldeias do interior e subiam as escadas dos agricultores para lhes propor a florestação de terras por aluguer e outros para elaboração de Projectos. Foi um facturar com ganância pelos mais expeditos. Tudo o mais foram quase só cinzas e plantações ao abandono. Na Ilha da Madeira falaram-me em alguns casos de vigarice. Isto é, sem os Projectos aprovados cobravam a fatia pelo trabalho técnico e nunca havia aprovação.

Em Portugal, dizem que uma associação de «castanheiros» foi criada à sombra da UTAD, mas distinta desta, pelo menos, na facturação. E o abocanhar de verbas do quadro comunitário é tal que se bate grande parte do país, apresentando os projectos como lhes interessa, assim se fala. Dizem que alguns senhores ligados à UTAD e os «compadres» e outros, farão um trabalho apresentado na sua essência envolvente como louvável, só que parece não o ser de todo. Alguns do meio mais atentos, acham estranho esta vocação principal de quem se arroga de servir universidade em investigar e inovar. Dizem que a associação quer monopolizar a fileira do castanheiro.

Já terá havido em tempos idos (não pude confirmar) professores credenciados ameaçados por, também, fazerem estudos oportunos, sérios e abrangentes sobre a castanha, em parceria com outros organismos insuspeitos e prestigiados, como o Instituto Ricardo Jorge. O que me parece, porque sirvo, como voluntário, há mais de 20 anos, um Projecto educativo, em que toda a verba entra na contabilidade da Universidade de Coimbra e por norma esta cobra à cabeça uns 25% a 30%. Se nos Projectos que a associação da fileira da castanha planifica, todas as verbas entram na UTAD, toda a Universidade beneficia. Mas, se passarem ao lado, alguém poderá andar a viver bem com a capa de benemérito.

Há municípios que se rendem a alguns «magos» universitários do tema. Para alguns agentes do desenvolvimento rural e local, os Projectos de plantação de souto e pomar deviam ser feitos em conjunto com os Municípios, associações florestais e proprietários para grande parte das verbas ficarem onde se plantam os castanheiros e motivam as plantações, gerando desenvolvimento local. Caso contrário poderá acontecer uns levarem mais os muitos milhares de euros e os outros ficarem com os problemas.

Curioso é dizerem-me que o projecto mais avançado no tratamento da doença do cancro do castanheiro é do IPB. Mesmo este tratamento já se comercializa e aplica noutros países há algum tempo. Intrigante é quando uns pretendem um pequeno apoio dos Serviços Florestais tudo são dificuldades e para as grandes verbas passarem para alguns «lobbies» parece que há condutas ou auto-estradas abertas.

Jorge Lage
in:diario.netbila.net

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