O distrito de Bragança é o que tem a maior taxa, a nível nacional, de chumbo e desistência no 12º ano, nos cursos científico-humanísticos. Os dados foram disponibilizados na semana passada pelo Ministério da Educação e são relativos ao ano lectivo de 2012/13.
A taxa média nacional situa-se nos 36%. Bragança é o distrito do país com a taxa de chumbo e desistência mais elevada, situando-se nos 44,4%.
No distrito, o concelho com mais alunos a chumbar ou a desistir foi o de Mogadouro com uma taxa de 67%. A directora do Agrupamento, Maria Irene Louçano justifica esta taxa com o elevado número de alunos a desistir dos cursos científico-humanísticos para frequentarem os Cursos de Especialização Tecnológica que o Instituto Politécnico de Bragança disponibiliza nesta vila. “Nesse ano o que nós verificámos foi que muitos alunos estavam matriculados simultaneamente no 12º e no 11º ano e, simultaneamente, tinham feito a candidatura para entrar em Curso de Especialização Tecnológica (CET) do Instituto Politécnico de Bragança, em Mogadouro.
Esses alunos iniciaram o ano connosco mas, como viram a sua candidatura aceite nos CET, desistiram da Escola de Mogadouro e foram para os CET”, explica a directora do Agrupamento.
A responsável sublinha que a falta de alunos é uma condicionante à manutenção de bons resultados. “Quando temos poucos alunos, com poucas turmas, o que acontece é que há grupos de alunos em determinados anos que são muito bons e conseguimos óptimos resultados. Em contrapartida, há outros grupos de alunos que iniciam o secundário e que são menos bons, que chegam ao 12º ano com mais dificuldades. Nesses casos, são necessárias mais repetências para poder adquirir as competências do secundário”, esclarece a docente. No ano a que se referem estes dados, o Agrupamento passou a fazer parte do Programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária).
Maria Irene Louçano garante que, desde essa altura, têm vindo a melhorar o aproveitamento escolar. Nós entrámos no programa TEIP precisamente no ano lectivo a que se referem esses dados. Desde aí temos melhorado os nossos resultados”, assegura Maria Irene Louçano. Quanto ao agrupamento de escolas que teve menor taxa de chumbo e desistência no distrito foi o de Carrazeda de Ansiães, com 38%, que mesmo assim ultrapassa a média nacional de 36%.
Apesar das várias tentativas, não foi possível obter uma reacção por parte do Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães.
A informação da taxa de desistência e chumbo em cada agrupamento do distrito de Bragança está disponível na edição desta semana do Jornal NORDESTE.
Escrito por Brigantia
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