A Associação de Estudantes da Escola D. Afonso III de Vinhais, no distrito Bragança, anunciou hoje que convocou para sexta-feira uma manifestação contra o frio nas instalações, que conta com o apoio de pais e encarregados de educação.
O alvo do protesto, segundo a convocatória assinada pelo presidente Eurico Baía, é o Ministério da Educação "devido ao frio nas salas de aula", numa escola com 30 anos que nunca teve obras e onde os termómetros não passam os seis graus, mesmo com o aquecimento ligado.
"O motivo que nos leva a realizar esta manifestação tem a ver com as más condições e o frio que os alunos têm que suportar, obrigando já alguns alunos a levar cobertores para as salas de aula", indica o representante dos estudantes da escola localizada numa das zonas mais frias do país, com neve e gelo nesta época do ano.
"O problema existe", confirmou à Lusa Ruy Correia, o presidente do Agrupamento de Escolas Afonso III, responsável por este estabelecimento, vincando que "há oito anos", desde que se encontra nestas funções, que anda a tratar desta situação.
O presidente do agrupamento adiantou que teve uma reunião recente com pais e encarregados de educação para discutirem o problema e que estes decidiram avançar com a manifestação.
Ruy Correia afirmou à Lusa que transmitiu aos pais aquilo que lhe tem sido dito pelas instâncias superiores, nomeadamente a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolas (DGESTE), de que esta escola de Vinhais é prioritária e será das primeiras a ser intervencionadas, logo que existam condições.
O estabelecimento de ensino chegou a constar para ser intervencionado na quarta fase da Parque Escolar, que acabou por ser cancelada pelo Governo, afetando esta e outras escolas como a de Mirandela, também no distrito de Bragança.
O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, afirmou à Lusa que vai participar na manifestação, marcada para a manhã de sexta-feira em frente à escola, na qualidade de pai, mas lembrou que institucionalmente há muito tempo que está a ser reclamada a necessidade de intervencionar aquela escola.
O autarca vincou que a temperatura de seis graus que os alunos têm de suportar para frequentar as aulas é a mesma "a que se abrem, em Lisboa, as portas das estações de metro aos sem-abrigo" quando são anunciadas vagas de frio.
Disse ainda que aquela escola "só funciona porque a Câmara tem feito algumas reparações", nomeadamente no ginásio e na canalização, embora se trate de um estabelecimento de ensino secundário sob a tutela do Ministério da Educação.
Lusa
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