A Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico, que começou a funcionar há um ano e meio no Parque Ambiental do Nordeste, em Mirandela, pode vir a receber resíduos de outras regiões do País. O director-geral da empresa intermunicipal Resíduos do Nordeste, Paulo Praça, explica que a rede de tratamento poderá ser repensada.
A unidade, que diminuiu para metade o volume de resíduos depositados directamente em aterro, pode assim vir a fazer o tratamento de resíduos indiferenciados de outras regiões. “É um desafio do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos – PERSU 2020 que o país rentabilize a rede de infraestruturas. Se calhar, no futuro, vamos ter também de alterar as fronteiras.
A unidade poderá vir a receber resíduos daquilo que não é hoje a área geográfica da Resíduos do Nordeste. É um novo desafio, para isso tem de haver um estímulo por parte do Ministério do Ambiente, boa vontade de todos os agentes do sector e ganhos”, explica o director-geral da empresa intermunicipal responsável pela recolha e tratamento dos resíduos dos 12 concelhos de Bragança e de Vila Nova de Foz Côa explica que a unidade de tratamento produz ainda composto e biogás, que resulta em energia vendida à rede. Fontes de receita que contribuem para a sustentabilidade da empresa. “A RN, no último anuário dos municípios e do sector empresarial local, encontrava-se em 19º lugar como a empresa com melhores resultados económicos. Naturalmente, que dentro desta actividade se movimentam milhões.
A RN tem um volume de negócios na ordem dos 6 milhões e 500 mil euros por ano, e o desígnio não é visar lucro. Outro número, a empresa tem de capitais próprios 17 milhões de euros.
As metas do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos – o PERSU 2020, os investimentos futuros da empresa intermunicipal e a deposição ilegal de desperdícios de construção, que constitui um dos maiores problemas no tratamento de resíduos na região Norte são outros dos temas abordados por Paulo Praça, numa entrevista que pode ouvir na íntegra esta quarta-feira depois do noticiário das 17 horas, na Rádio Brigantia, ou ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
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