“Somos sete colaboradores. Se fossem pessoas com formação em arquivo, seria o suficiente mas, neste momento, eu sou a única profissional de arquivo. Com dedicação e devido aos anos que estão aqui, vão fazendo alguns trabalhos mas, de facto, a escolaridade deles também não lhes permite mais”, sublinha a responsável.
Além da falta de funcionários especializados, o Arquivo Distrital de Bragança está também a precisar de obras. A directora diz ter a garantia por parte da direcção de que brevemente vão visitar as instalações e verificar quais as verdadeiras necessidades do edifício, antigo convento de S. Francisco.
O sistema de aquecimento a gasóleo está avariado há cerca de dois anos. O aquecimento actual é feito através de aquecedores nos pontos mais indispensáveis. Élia Mofreita admite que, no Inverno, é impossível utilizar a sala de leitura, destinada aos utilizadores do Arquivo Distrital. “A sala de leitura é fria. Por isso, no Inverno, deslocamos os serviços de consulta, para um nível inferior. Temos uma sala de reuniões que adaptamos para sala de leitura, de forma a dar mais comodidade aos nossos utilizadores e colaboradores”, admite a directora do Arquivo Distrital de Bragança.
Élia Mofreita trabalha há 25 anos na instituição e desempenha de funções de directora há cerca de sete meses. Um dos projectos a que quer dar continuidade é a disponibilização de documentos do arquivo online, como é o caso dos passaportes de emigrantes da região que estão a ser inventariados numa base de dados através do projecto “Encontros e Desencontros: movimentos migratórios”.Em entrevista ao 5 Perguntas desta semana, Élia Mofreita fala ainda da preparação do centenário do Arquivo Distrital de Bragança, que se comemora no próximo ano.
Uma entrevista que pode ouvir hoje na Brigantia, depois das notícias das 17 horas e ler na edição desta semana do Jornal NORDESTE.
Escrito por Brigantia
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