O presidente da Academia Ibérica da Máscara e do Traje, António Tiza, não tem dúvidas ao afirmar que o Carnaval de Podence é a tradição do nordeste transmontano mais conhecida a nível nacional mas salienta também o dinamismo com que tem sido reavivada a tradição da “Morte e os Diabos”, na quarta-feira de cinzas, em Vinhais. “Neste momento a tradição da Morte e os Diabos está a ser muito dinamizada pela Câmara Municipal, que permite que toda a gente possa reservar um traje de diabo.
No ano passado, foi o primeiro ano em que isto aconteceu e juntou cerca mil diabos, ou seja, cerca de mil pessoas do município e do país tiveram a possibilidade de assumir o papel de diabo”, destaca António Tiza.
O investigador dos rituais de Inverno transmontanos refere ainda outras tradições que marcam a época carnavalesca no distrito de Bragança. “ Temos o Carnaval de Vila Boa de Ousilhão, embora tenha sido uma tradição transferida do Santo Estevão mas que agora é Carnaval.
Temos também, por exemplo, em Santulhão, um Carnaval interessantíssimo com o julgamento e a queima do Entrudo, o enterro do Entrudo em Freixo de Espada à Cinta e em Bragança, na quarta-feira de cinzas, o ritual da “Morte, o Diabo e a Censura”, salienta o investigador.
As tradições e rituais de Inverno foram o tema da palestra “Atrás das tradições, Atrás dos Montes” que decorreu na passada terça-feira na Residência para estudantes Calouste Gulbenkian, em Bragança.
Escrito por Brigantia
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