A maior parte da fatia do bolo das verbas comunitárias do próximo Quadro de Apoio terá de ser destinado para a promoção e marketing da região.
A ideia é defendida pelo presidente do Instituto Politécnico de Bragança. Sobrinho Teixeira já deixou bem vincada essa opinião no decorrer da discussão sobre o Plano estratégico da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes. “Este foi um vetor que merecer a concordância dos autarcas, da necessidade de colocar uma parte com alguma expressão do financiamento que vem do quadro comunitário de apoio no marketing da região, para produzir conteúdos para que dentro e fora do país se conhecem as potencialidades que temos. É crucial para termos mais pessoas na região.”, diz Sobrinho Teixeira.
Já o presidente da câmara de Mirandela mostra-se preocupado com o facto das empresas da região não estarem ainda sensibilizadas para a importância de obterem parcerias com as instituições de ensino superior do distrito de Bragança, no caso a ESACT de Mirandela e o IPB. António Branco teme que isso possa prejudicar a competitividade da região, dado que quase 50 por cento dos fundos comunitários estão destinados à investigação, Desenvolvimento e ao tecido empresarial, que se não for bem aproveitado poderá aumentar o fosso entre o Interior e o Litoral, no que diz respeito à competitividade. “Se não formos capazes de ser competitivos para, de alguma maneira, garantir que essas verbas sejam aplicadas na nossa região, o que vai acontecer é que os grandes beneficiados vão ser as universidades e o tecido empresarial do litoral. E isso é um constrangimento enorme”.
As preocupações manifestadas pelo autarca de Mirandela sobre o facto das verbas do próximo quadro comunitário de apoio poderem criar ainda uma maior assimetria entre o Interior e o Litoral, se os empresários não estabelecerem parcerias com as instituições de ensino superior da região para elaborar projetos que possam melhorar a sua competitividade.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)
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