Dia Internacional dos Museus - Dia 18 de Maio

NOITE DOS MUSEUS - Dia 16 de Maio
16h00 – DOAÇÕES AO MUSEU DA TERRA DE MIRANDA 
Henrique Fernandes – Caixa de palhetas
Paulo Meirinhos – Tamboril 
Sons da Terra – Recolhas musicais da tradição oral efetuadas por António Maria Mourinho
17h00 – “Histórias e Estorias do Museu” – Teatro com os TRETAS
21h00 – A LA NUITE N L MUSEU / À NOITE NO MUSEU

Dia 17 de Maio - Largo D. João III
16h00 –Tango Argentino – Associação Cultural de Tango Argentino Danzarín Zamora
Dia 18 de Maio – Abertura do Museu da Terra de Miranda

Visitas Guiadas

Insufláveis da Factory Play saem de Bragança para mundo

A inexistência de uma plataforma logística, que obriga a levar mercadoria para o Porto, mas depois voltam para trás quando o mercado é Espanha, e as dificuldades de arrendamento de habitação são dois obstáculos identificados por empresas instaladas em Bragança, que contratam funcionários fora da região e transmitidas a Maria José Moreno, deputada do PSD na Assembleia da República, eleita pelo distrito de Bragança, que passada sexta-feira visitou empresas transmontanas. 
Os empresários queixam-se de que há falta de casas para arrendar e as que existem têm preços altos. Há casos em que um T1 custa entre 300 a 350 euros mensais.
Estas carências serão discutidos na comissão de Economia na Assembleia da República, em breve, numa reunião que juntará empresários de vários distritos do país e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a AICEP, o Banco de Fomento e o IAPMEI. "A ideia é divulgar empresas com um grau de exportação muito elevado, implementadas em vários países e mostrar que este distrito tem uma mais valia nas suas empresas, com postos de trabalho criado e a crescer", explicou Maria José Moreno.

in:mdb.pt

10 de Junho – Dia da Amizade em Miranda do Douro

Realiza-se no próximo dia 10 de Junho, no Recinto de Nossa Senhora do Naso, Póvoa, Miranda do Douro, o Dia da Amizade.
Este é um certame que anualmente junta mais de um milhar de pessoas que pretendem passar um dia diferente.
Do programa são várias as atividades a destacar, desde poesia, jogos tradicionais, animação musical, baile, convívio e muito divertimento.
Esta é uma organização da Câmara Municipal de Miranda do Douro.
As inscrições para participar no evento podem ser feitas até ao próximo dia 25 de Maio nas Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e Posto de Turismo.

Programa:
11 horas – Missa
13 horas – Almoço
14h30 – Coro da Universidade Sénior
Banda Filarmónica de Miranda do Douro
15 horas – Festa Convívio

Bragança // Campanha recolheu 8,5 toneladas de roupa para crianças da Síria

A Caritas juntou 8,5 toneladas de roupas, sobretudo vestuário e sapatos, mas também cobertores e agasalhos, para enviar para as crianças da Síria, refugiadas em campos de países vizinhos ao seu.
Em cerca de uma semana os donativos culminaram em 574 caixas de donativos, uma resposta "surpreendente", segundo o bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro "porque revela generosidade, participação e o envolvimento das pessoas nas grandes causas".
A campanha decorreu entre 18 e 25 de fevereiro depois de um apelo feito pelo antigo Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, também ex-Presidente da República, para acudir a milhares de crianças que enfrentavam um inverno rigoroso, com temperaturas de seis graus negativos, nos campos de refugiados do Líbano.
O Prelado lembrou que, ainda que a crise afete a todos, "a resposta foi muito significativa e o apelo que se faz é que isto seja constante e permanente, para que as pessoas possam partilhar o pouco do que lhes sobra, sendo mais sensíveis aos outros".

in:mdb.pt

Inscrições para o XXIX Festival da Canção de Miranda do Douro

A Câmara Municipal de Miranda do Douro, realiza no próximo dia 11 de julho, a partir das 21 horas, no Largo D. João III, o Festibal de la Cançon.
 Esta iniciativa tem como objetivos estimular a produção musical e incentivar o aparecimento de novos compositores, autores e intérpretes, dando especial atenção às criações em Língua Mirandesa.
 Sabemos que desde sempre a música fez parte da história do povo mirandês, por isso contamos consigo para contribuir, cada vez mais, para a divulgação das grandes potencialidades do Concelho de Miranda do Douro.
As inscrições podem ser entregues até ao próximo dia 3de Julho, nas instalações da autarquia mirandesa.

REGULAMENTO

Participe e venha divertir-se connosco!


Promoção de Miranda do Douro na FIMI em Lisboa de 7 a 10 de maio

O município de Miranda do Douro vai estar presente no X Festival Internacional Máscara Ibérica, uma iniciativa da PROGESTUR, em parceria com a EGEAC, a acontecer entre os dias 7 e 10 de maio, em Lisboa.
Esta é mais uma oportunidade para promover o concelho de Miranda do Douro, a sua cultura e tradições, através dos Pauliteiros de Malhadas e da representação da Velha de Vila Chã e a Galdrapa de São Pedro da Silva.
Tendo a Praça do Rossio como palco principal, o festival contará com o já tradicional Desfile Máscara Ibérica, onde são esperados 680 mascarados, de 30 grupos de Portugal e Espanha. O Norte e Centro de Portugal, Galiza, León, Zamora, Cáceres, Astúrias, Navarra, Cantábria, são algumas das regiões que vão desfilar no Rossio.
Importante ressalvar, que o Palco Ibérico recebe no dia 9 de maio, os mirandeses Galandum Galundaina.
O desfile está marcado para sábado, 9 de Maio, pelas 16h30, com início na Praça do Município, segue pela Rua do Ouro e termina na Praça do Rossio.

Festa do Cinema em Torre de Moncorvo

Nos dias 11, 12 e 13 de Maio tem lugar no Cine-Teatro de Torre de Moncorvo a Festa do Cinema. Em exibição estão alguns dos filmes premiados nos Óscares que ainda não foram exibidos em Torre de Moncorvo.

Assim, no dia 11 de Maio será emitido o filme “Teoria de Tudo”, no dia 12 “o Jogo da Imitação” e no dia 13 de Maio o “Sniper Americano”. Durante os três dias as sessões de cinema decorrem às 21h00 e o bilhete tem um custo promocional de 2,50€.

O Município de Torre de Moncorvo aderiu a esta iniciativa promovida a nível nacional pela Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas.

Combate ao roubo de colmeias termina com resultados positivos

Termina hoje, no distrito de Bragança, a operação "Colmeia Segura". Foram dois meses de fiscalização intensa de apiários, levada a cabo pela GNR de Bragança, para evitar roubos de colmeias.
Uma ação justificada pelo elevado número de furtos que aconteceram, o ano passado, por esta altura.
Março e Abril de 2014 foram dois meses críticos. Uma onda de furtos de colmeias e enxames, sem precedentes, caiu sobre os produtores de mel do distrito transmontano.
A operação Colmeia Segura teve duas ações muito concretas, que surtiram efeito. O ano passado foram feitas cerca de 150 queixas de furtos, este ano, rondaram as 30. Números que deixam os produtores de mel satisfeitos, diz Manuel Gonçalves, presidente da Associação de apicultores de Montesinho.
Também o presidente da Federação Nacional de Apicultores acrescenta que a partir de Junho e com a obrigatoriedade da georeferênciação dos apiários no site da Direção Nacional de Veterinária tudo ficará mais fácil para fiscalizar e perceber a movimentação das colmeias.
Em Portugal o número de pessoas a viver exclusivamente do mel tem aumentado e as preocupações com a segurança e organização de setor, também.
Em Bragança a Operação Colmeia Segura termina hoje mas a GNR vai continuar no terreno, atenta às movimentações das colmeias e dos produtores de mel.

TSF

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo condecorado pelo presidente da República

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros recebeu hoje em Lisboa a medalha de condecoração de Comendador da Ordem de Mérito, pelas mãos do Presidente da República.
Alfredo Castanheira Pinto, provedor há 42 anos, é o primeiro da região a receber esta distinção.A cerimónia aconteceu hoje ao final da manhã, quando se assinala Dia Europeu da Solidariedade e da Cooperação entre Gerações. 

Escrito por Onda Livre (CIR)

Certificação para valorizar a floresta

A certificação florestal é uma forma de valorizar a madeira e produtos derivados. A constatação é do presidente da ARBOREA - Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana.
Eduardo Roxo adianta que na região a área florestada não está certificada e mesmo no País há apenas uma pequena parte da floresta certificada, o que diminui o preço dos produtos florestais. “Os produtos da floresta valem menos, por um lado, e por outro há alguns produtos que não garantem escoamento. E tendo a certificação há uma maior garantia de escoamento, porque permite a exportação de todos os produtos da floresta”, afirma o responsável. 
Para contribuir para o aumento da competitividade do sector e promover a melhoria da gestão florestal praticada em Portugal, a Associação para a Competitividade das Indústrias da Fileira Florestal está a desenvolver sessões de esclarecimento junto das organizações de produtores florestais. A ARBOREA foi uma das associações da região que já participou nestas sessões. 
Eduardo Roxo diz que este é um processo caro, mas acredita que agora estão reunidas as condições para avançar com a certificação florestal a preços mais acessíveis. “A ARBOREA em tempos começou a preparar-se para isso, mas é um processo muito caro. Agora penso que as coisas estão encaminhadas no sentido da certificação. O novo quadro comunitário não tem apoios directos, mas a mim parece-me que indirectamente é possível para ajudar a criar as condições para iniciar o processo de certificação”, afirma Eduardo Roxo. 
O presidente da ARBOREA acredita que a certificação é o primeiro passo para desenvolver o sector florestal na região. “É importante garantir que aqui na nossa zona existam áreas abundantes e que são devidamente tratadas e não deixadas à sorte e ao abandono”, realça Eduardo Roxo. 
No novo quadro comunitário os produtores podem aproveitar apoios que facilitem a certificação florestal. 

Escrito por Brigantia

1º Encontro de Tunas em Miranda do Douro

É já no próximo Sábado que se realiza o I encontro de Tunas, a partir das 21.30, no Auditório Municipal de Miranda do Douro.

182 novos casos de violência doméstica no distrito de Bragança

Bragança é o sexto distrito com maior prevalência de caso de violência doméstica no país, de acordo com o relatório anual de segurança interna. O registo de casos tem aumentado na região.
O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica de Bragança registou, em 2014, 182 novas denúncias, de acordo com a psicóloga daquele organismo, Teresa Fernandes. “O distrito de Bragança aparece no relatório anual de segurança interna, elaborado pelo Ministério da Administração Interna, como o sexto onde a prevalência da violência doméstica é maior a nível nacional. 
Há um maior número de casos por cada mil habitantes e em termos percentuais estamos no sexto lugar, em dezoito distritos mais as ilhas. Estão sempre a aparecer casos novos”, refere. 
Para a representante do núcleo distrital, este aumento de casos sinalizados está relacionado o aparecimento de novas formas de violência, mas também resulta de uma maior informação. 
Ontem, em Mirandela, Teresa Fernandes afirmou mesmo que “não há mais violência, mas mais denúncias”. “As campanhas de sensibilização, estes eventos, informam as pessoas, tornam a violência doméstica um fenómeno que já não está escondida. Há novas formas, como a violência no namoro, contra idosos, agregados que não tinham registo e passam a ter”, sustenta a psicóloga. 
Declarações no seminário de encerramento de um mês de actividades dedicadas à prevenção dos maus-tratos na infância, organizadas pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Mirandela. 
Teresa Fernandes salientou ainda que a exposição dos mais novos à violência interparental é uma problemática que necessita de mais atenção. “A questão da exposição das crianças à exposição interparental sempre foi um assunto secundário, porque em primeiro lugar estava a vítima”, aponta a também docente da Escola Superior de Educação. 
Teresa Fernandes afirma que estes casos chegam de várias formas ao centro de atendimento, quer seja pela sinalização das CPCJ, da Escola Segura ou através de denúncias das próprias crianças às forças de segurança. 

Escrito por Brigantia

Sindicato denuncia falta de enfermeiros

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses está preocupado com a falta de enfermeiros e a precariedade destes profissionais de saúde no distrito de Bragança.
Estas são já reivindicações antigas por parte dos enfermeiros mas que até ao momento ainda não foram ouvidas pela Unidade Local de Saúde. 
Ontem estes profissionais de saúde estiveram reunidos com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. 
José Carlos Martins revela que convocaram uma nova reunião com a administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste, onde irão reclamar, mais uma vez, a resolução destes problemas. “O que nós esperamos é que a administração da ULS resolva estes problemas de vez. 
Já houve o compromisso de que em Janeiro os salários seriam actualizados, desconhecemos as razões pelas quais esse compromisso não foi concretizado”, frisa o representante dos enfermeiros. 
Recentemente, a ULS do Nordeste abriu concurso para a contratação de 20 enfermeiros, um número que o sindicato considera insuficiente para cobrir as necessidades dos hospitais e centros de saúde do distrito. “Há serviços que têm horas a mais e que não são pagas. Isto traduz-se numa carência de enfermeiros. São necessários mais do que esses vinte, estamos a fazer cálculos para determinar o número de enfermeiros necessário e vamos exigir que sejam remunerados pelo valor exigido por lei, ou seja 1200 euros”, acrescenta José Carlos Martins. 
A próxima reunião com a administração da ULS do Nordeste está marcada para o dia 13 de Maio. 

Escrito por Brigantia

Os Judeus em Trás-os-Montes

    (Por: Amílcar Paulo)
VULTOS JUDAICOS BRAGANÇANOS
Isaac Oróbio de Castro - Pensador Judeu do Século XVII

Baltazar (Isaac) Oróbio de Castro é um dos vultos mais notáveis do judaísmo do século XVII.

Nasceu em Bragança em Portugal, no ano de 1620, filho duma família judaica-marana. Não consta ao certo, quanto tempo ficou em Portugal, mas parece ter sido ainda muito jovem, quando abandonou a sua terra natal, emigrando para Alcalá de Henares, um município da Espanha na província e comunidade autônoma de Madrid, onde cursou filosofia.
O seu profundo conhecimento nesta ciência, e as suas grandes qualidades de mestre, o levaram a ser escolhido para dirigir a cátedra de metafísica na Universidade de Alcalá, e mais tarde na de Salamanca. Sentia-se atraído por este estudo, pois achava que só esta ciência o conseguia levar a um conhecimento exato. Mais tarde estabelece-se permanentemente em Sevilha, onde cursa medicina. Médico de profissão, Oróbio de Castro revela-se em proporções gigantescas, passando a ser o médico da família real e do Duque de Medinaceli (antigamente Medina Celi).
Convivendo com os homens de letras do seu tempo, muitos deles por inveja, procuraram deprimi-lo, fazendo com que ele fosse cair nas mãos do Tribunal do Santo Ofício, onde permaneceu durante o espaço de três anos, sofrendo as maiores torturas, entre os vastos interrogatórios, acabando por confessar ser cristão e prestar juramento de fé à Santa Madre Igreja.
Depois do seu cativeiro nos cárceres da Inquisição, os soberanos da Espanha, decretam a sua expulsão, dirigindo-se Oróbio para a França. A viagem era incômoda, as estradas péssimas; tudo concorria para tornar este exílio verdadeiramente aterrador. Mas Oróbio lutou e venceu. O arguto não se conformou com o sucedido, dispunha-se a lutar contra aqueles que maldiziam e perseguiam o judaísmo. Entra na França; nesse país encontra bom acolhimento, sendo já conhecida a sua reputação como médico hábil. Começa imediatamente a insinuação tênue mas firme no meio francês. Trava relações e consegue, com pasmo de todos, alcançar a cátedra da Universidade de Toulouse, sendo pouco depois nomeado conselheiro maior do rei da França.
Oróbio de Castro estava definitivamente lançado no meio francês. Mas os intelectuais desejavam afastá-lo, achando nele uma sombra. Torturado de desgostos e desilusões resolve partir para Amsterdã.
Em Amsterdã é recebido pela colônia judaica Luso-Hispânica da Holanda; nesta cidade foi Oróbio circuncidado mudando o nome de Baltazar para Isaac. A existência de grande número de cenáculos literários em Amsterdã levou os judeus a fundar a sua academia com o nome "os Floridos de la Almendra" de que faziam parte grandes intelectualidades judaicas, sendo Oróbio, por esta sociedade, científica e literária nomeado seu presidente.
Teve relações com os maiores vultos da época, como Brendemburg, Mosseh Rafael de Aguilar, a quem Oróbio fez por meio de epístolas algumas perguntas, a que faz referência Mendes dos Remédios em sua obra ..., Espinoza, a quem atacou mais tarde, como se vê nos seguintes versos de Daniel Levi de Barrios, na Relacion de los Poetas u Escritores Españoles de la Nacion Yudayca em Amesterdam:

Ishac Oróbio, Médico Eminenete ,


Com sus libros da invidia a la sapiente,


Y em lo que escreve contra el Atheista


Espinoza, mas clara haze la vista


Três anos depois de ter lançado o seu tratado intitulado Certamen Philosoficum findava os seus dias. Foi em 7 de novembro de 1687 que a morte agitando a rede de caça, aprisionava o seu cérebro de lutador, levando um dos mais brilhantes sábios de Israel, abandonando-o na saudade! Sua mulher, que se chamava Ester sobreviveu-lhe alguns anos mais, vindo a falecer em 5 de julho de 1712. Oróbio deixou alguns filhos, tais como: o médico Mosseh Oróbio de Castro que exerceu as funções de tesoureiro da Academia de los Floridos; Abraham Oróbio de Castro, fundador duma sociedade de beneficência de Amsterdã e uma filha chamada Rebeca.

Segundo Ribeiro dos Santos, foi Oróbio muito propagado no século XVIII, sendo vários os escritores que dele fazem menção, citando-os na sua obra intitulada, Memórias da Literatura Sagrada dos Judeus Portugueses no século XVII.
Ao cabo desta escassa biografia resta-nos dar algumas indicações sobre a sua obra. É ela modesta, sendo a sua maior aspiração a defesa da sua crença religiosa o que levou Ribeiro dos Santos a opinar "a religião cristã não tem tido nestes últimos séculos adversário mais cruel e obstinado que Oróbio".
Nos seus escritos desenvolveu Oróbio, o seu sistema filosófico religioso, vivendo sempre embebido num misticismo e sensibilidade mórbida, recolhendo-se a si próprio acompanhando todas as imaginações e meditações do seu cérebro. A sua fé intensa e calorosa ajudada pela filosofia foram os ideais que o levaram a escrever os seus tratados de defesa contra aqueles, que condenavam e maldiziam o judaísmo. O seu impulso foi intenso, auxiliado por uma natureza de lutador, não temendo os ataques de católicos e protestantes. "O afamado Oróbio de Castro – escreve Lúcio de Azevedo – na história dos Cristãos Novos Portugueses – natural de Bragança, contraditor de Spinoza e polemista exaltado contra o cristianismo".
Para a sua defesa apologética, teve o grande auxílio de poder exprimir com facilidade e eloqüência nas línguas em que escreveu os seus eruditos tratados, manejando-as como língua natal. Neles Oróbio estuda à luz da razão o problema religioso, dentro da sua feição filosófica, com características novas de tese apresentadas por um método racional, não nos dando o parecer de análise mas sim de exemplificação.
O seu primeiro tratado, parece ter sido, Prevenciones Divinas Contra la Vana Ydolatria de las Gentes, obra manuscrita e da qual existem vários exemplares segundo refere Kayserling. Em seguida escreveu um tratado em que faz uma disputa contra um teólogo, que tentou provar a necessidade da vinda do messias, para assim expiar o pecado original. Este tratado intitula-se La Observância de la Divina Ley de Mosseh. Neste trabalho pretendeu o glorioso sábio demonstrar a não existência do pecado original, porque o tem como fundamento de toda a doutrina dos cristãos, dando em razão, que a alma dos filhos de Adão não estava no pecado do pai, mas vinha imediatamente de D-us, escreve ele no seu tratado: "És bien cierto que la alma racional, que es la principal parte constitutiva al hombre, no se puede contener en Adam, por que ella, vu espiritu criado de nada, por el Señor que lo infundo en el cuerpo en el instante de la generacion, y de alli viene la imposibilidad de haverse contenido em Adam, que no tenia virtud de producir la alma racional, de suerte que ella no pudo participar lo corrupción de Adam, por la generacion, pues que ella no viene de Adam, nino de Dios, que la crio pura limpia, sin pecado, ni macula".
Certamen Philosophicum – Imprimiu-se pela primeira vez em Amsterdã no ano de 1689; Foi escrito em latim, seu amigo G. de La Torre, traduziu-a para espanhol dedicando-a "ao Senhor D. Carlos de Sotto, Agente de Espana em Hollande".
A obra espanhola foi impressa pela primeira vez no ano de 1721. É com razão que Ribeiro dos Santos pondera o seguinte a respeito desta obra: "Pelo que escreveu o seu certame contra Spinoza e contra Brendemburg, e escreveu como um filósofo que tinha estudado profundamente Metafísica". É na verdade tão extraordinária, que se torna difícil classificá-la. O ataque que evoca nesta obra contra Brendemburg e Spinoza aproveitou-o o autor com inegável superioridade e intuição.
Istael Vergé – Foi publicado em espanhol e mais tarde traduzido para o inglês e francês. Este tratado foi consagrado à defesa do dogma, contra os ataques dos adversários cristãos.
Neste tratado explica o seu autor os capítulos bíblicos, que servem de base a doutrina dos cristãos, provando que eles em nada favorecem a doutrina destes, mas pelo contrário, contradizem-na, dizendo-nos ele neste tratado: "O que é que Ele ordenou dando-a a nossos pais? Segui-la sempre com a mesma pureza que o seu servidor Moisés lhes prescrevia: Ele proibiu aos seus filhos que acreditassem em deuses que os seus pais não tinham conhecido".
Junto a esta obra, vem também uma "Dissertação sobre o Messias", onde se prova que ele ainda não chegou e que segundo as promessas dos profetas que o anunciaram aos israelitas, eles esperam-no com razão", nele diz: "não há nada mais extraordinário que o querer exemplificar o texto sagrado e de se propor alguém a fazer comentários sobre as passagens mais obscuras o que se não pode compreender sem explicação quando se não faz sempre um estudo profundo da língua na qual o senhor o ditou. Tal é a situação em que se encontram a maior parte dos cristãos".
De Oróbio de Castro são também as seguintes obras:
Epístola invectiva contra Prado, tratado este que no dizer de Ribeiro dos Santos é "o mais considerável de todos os que escreveu Oróbio". Nele pretende que a Lei de Moises confirme perfeitamente com a Lei Natural, e que a predição dos futuros contingentes e dos sucessos ocultos no porvir demonstrava a sua Divindade.

Tratado em que se explica La prophesia de las 70 Semanas de Daniel.


Explicação Paraphrastica sobre o Capítulo 53 do Profeta Isahias.


Tratado ou Repuesta a um Cavalleri Francez Reformado.

D. Mendo Alão

D. Mendo Alão (cerca de 1000, Bretanha — cerca de 1050, Bragança) foi um nobre e cavaleiro medieval que viveu na região de Bragança, contemporâneo do Rei D. Afonso VI de Castela.

Segundo o Livro Velho de Linagens era clérigo, muito provavelmente no mosteiro de S. Salvador de Castro de Avelãs, e «filhou» uma princesa arménia quando esta ficou instalada no dito mosteiro, indo em peregrinação a Santiago de Compostela.

Uma hipótese sobre a ascendência de Mendo Alão, baseada na raridade do seu patronímico, Alanus, dá-o como filho de Alano de Nantes, 5º Conde de Nantes, que fugiu da Bretanha para Leão, sendo possívelmente o fundador do mosteiro de São Salvador de Castro de Avelãs. Este seria casado com uma filha do Conde Odoarius, Presor em Chaves, que possivelmente também está relacionado com a fundação do Mosteiro de Castro de Avelãs.

Cozer o Pão

À semelhança do Mata Porco, também já são raras as pessoas que cozem, em casa, o seu próprio pão. Às nossas aldeias chega diariamente uma frota de carrinhas que tudo vende. Carne, peixe, fruta, pão...legumes, tudo e fresco.
Mas para memória futura, aqui fica o ciclo de uma fornada de pão caseiro que a minha sogra ainda faz, quando lhe dá na real gana.
Primeiro limpa-se a masseira onde o pão vai repousar. Na farinha abre-se um buraco onde se vai deitando aos poucos a água, mexendo e envolvendo ambas com uma pá de madeira juntando-se o fermento. Depois de amassada, termina-se fazendo uma cruz desenhada com um dedo ou com a pá. Em seguida fica a levedar num canto da masseira, durante cerca de duas horas.
Aquece-se o forno, com lenha de pinheiro ou giestas, e as brasas são espalhadas no interior do forno para manter uma temperatura igual, usando-se uma vara comprida (ranhadouro).
Aquecido o forno e já com a massa levedada, varre-se o forno com uma vassoura de giesta. Depois passa-se para a massa, da qual é retirada uma porção que se coloca numa pá de madeira e sobre a qual se faz uma cruz e deita-se um pouco de sal. Ao colocar o pão dentro do forno diz-se a seguinte oração:

Deus te acrescente dentro de forno, E fora do forno. E a quem te comer.


A porta do forno é fechada, aguardando-se o tempo necessário até o pão cozer.

Aldeia de Babe

Babe é uma freguesia portuguesa do concelho de Bragança, com 25,51 km² de área e 277 habitantes (2001). Densidade: 10,9 hab/km².
À semelhança da maioria das aldeias de Bragança, Babe foi terra de minérios, tais como, as pirites de ferro, uma mina de chumbo e uma mina de manganês, situada entre o termo de Babe e Caravela, criada por decº de 8 de Abri de 1880, DG de 6 de Outubro de 1876.
Comercialmente e industrialmente, Babe foi conhecida por todo o Trás-os-Montes, entre outros, pela fama das suas facas de bolso e cozinha, feitas por ferreiro com altos conhecimentos, segundo afirma o Abade de Baçal na sua obra do mesmo nome.
Toponímia:
Babe, Babi nas inquirições, tiradas pelo ano de 1258, quer dizer em árabe "portinha", mas porta, também pode derivar de Babon. Por sua vez, Babius, foi nome de poeta romano, donde também podia provir Babe. Já sob o ponto de vista militar, Babe é realmente uma portinha, relativamente ao lado de Bragança, enquanto pelo lado de Miranda, Babe apresenta fácil entrada ao invasor. O toponímio Babão é frequente, enquanto Babilon é apelido de uma família portuguesa do séc. XIII. Deste modo, não é fácil dizer qual a origem do nome, embora não custe acreditar na origem romana do seu topónimo.
História:
Situada a 800 metros de altitude, a leste de Bragança, constitui a porta de entrada do planalto de Lombada. No século XVIII ainda eram visíveis os restos da antiga igreja de São Pedro, localizada perto de Castrogosa a sul. Por este mesmo local e a sul o castro da Sapeira, passava a estrada romana que de Bragase dirigia a Astorga. Algumas estelas funerárias e um marco milenário documentam a romanização desta aldeia. Tem uma capela dedicado a São Sebastião e outra que foi recuperada em 1991, dedicada a São José.
Babe remonta a épocas ainda pouco definidas. Em todo o caso, podemos afirmar, com toda a segurança, que a sua existência é muito antiga. Mas a sua importância afirma-se pela Comenda, trazida por Domingos de Morais Madureira Pimentel, fidalgo da Casa-Real que casou em Bragança com D. Luisa Caetana de Mesquita, seu primeiro Comendador. E tal era o seu tamanho territorial, que El-Rei D. Sebastião por sua ordem mandou dividir em duas: a de S. Pedro de Babe e a de Nossa Senhora de Gimonde, como pedira o Duque D. Teodósio, em obediência a uma Bula do Papa, com data de 4 de Maio de 1561. E se é verdade que este comendador terá sido um dos notáveis desta terra, outros houve como Júlio Pires de Castro, nascido nesta povoação a 11 de Novembro de 1814. Escreveu várias obras e leccionou latim em Bragança com grandes créditos de competência, enquanto aqui viveu.
Recuando no tempo, convém dizer que a Comenda de S. Pedro de Babe tinha um rendimento de 250.000 réis, conforme Diogo Nunes. Quanto à reitoria que também foi, o seu rendimento era de 44.000 réis, posto à disposição da Sua Alteza Real, durante a Restauração de Portugal. Durante a fase posterior à guerra de Aclamação, muitos foram os contributos para restaurar o país, pelo que Babe, na pessoa de António Alurez de Magalhães, ofereceu, para as presentes necessidades de Sua Majestade, 20.000 réis, que era o salário que obteria pelo dia de S. João, bem como ainda deu poder bastante para cobrar dos comendados ou rendeiros das Comendas de Babe.
Tratado de Babe:
Babe ficou célebre pelo tratado de Babe, realizado em 26 de Março de 1387, entre D. João I e o Duque de Lencastre, tendo por objectivo realizar o casamento do Rei de Portugal com D. Filipa de Lencastre.
D. João, Rei de Portugal, ofereceu auxílio ao duque de Alencastre, João de Gaudi, para provocar a divisão das forças e tropas de Castela. É assim que o Inglês desembarca na Corunha, seguindo depois para Melgaço, onde se avistou com D. João. Nesse encontro estipularam as condições do auxílio que, à boa maneira inglesa, comportava o casamento de uma das suas filhas, já que com ele trouxe duas, vindo a casar a última em Espanha, para firmar outro acordo, de nome Filipa, com o nosso rei D. João.
Enquanto as tropas do Duque Inglês seguem para Bragança, consuma-se na cidade do Porto o dito casamento, após o qual o nosso rei haveria de juntar as suas tropas às de Alencastre, hospedado no Mosteiro de Castro de Avelãs. Mas esta demora foi tal que se diz que o Duque resolveu seguir com o seu exército, no momento em que chega a boa nova da chegada do Rei. Com as tropas do Duque em marcha, seguem na direcção de Babe, onde aguardam pelas do Rei D. João.
É então que, durante esta pausa, o refinado Duque negoceia aquele que seria o Tratado de Babe, que obrigava o dito Duque a abdicar de quaisquer direitos que pudesse vir a ter sobre a coroa portuguesa. Diz-se que a Lombada nunca teria estado tão engalanada, já que foram milhares os homens que por ali acamparam, distinguindo-se de entre eles, o Santo Condestável.
Deste acordo, mais uma vez Portugal pouco lucrou, já que o Duque inglês, após ter casado as filhas como já referimos, mais nada aconteceu e muito menos a tal divisão das forças castelhanas, há por isso quem afirme até que outra coisa não queria o Duque, que não fora casar as filhas.
Castros:
O Castro de Babe ou Castro da Sapeira, nome ainda hoje usado, fica a 2,5kms a sudoeste da povoação e situa-se no cume de um outeiro inacessível a Nordeste. Tem de área 350x150 metros, é cercado por muro de pedra solta e nas partes falhas de defesa natural por três parapeitos e respectivos fossos, distanciados entre si de 54x150x320 metros. Tinha duas portas, uma a Sul e outra a Sueste.
Mas no extremo do seu termo, outro castro há, a raiar com Milhão, a Castragosa, assim se chama, e perto dele as ruínas da igreja de S. Pedro, onde apareceram lápides funerárias que se encontram no Museu Abade de Baçal em Bragança. Uma delas apareceu debaixo do altar da capela, que só depois de várias peripécias e das diligências do reitor de Babe, Padre Francisco Manuel Pires, veio para o museu na sede de Concelho.
Motos 4X4:
Segundo mencionado na revista Visão, as gentes da aldeia têm uma verdadeira paixão por motos 4x4. Ninguém sabe muito bem como tudo começou, mas depois que a primeira ali apareceu, a aldeia já conta com mais de 70. E isto numa povoação que não chega aos 300 habitantes. Os proprietários, que incluem várias pessoas com cerca de 60 anos, utilizam este tipo de veículos não só para se deslocarem a outras localidades mas também para executar as tarefas relacionadas com a agricultura.

terrasdeportugal.wikidot.com

O Butelo

O Butelo é um enchido característico do Nordeste Transmontano, que se faz na altura das matanças e se guarda para comer mais tarde.
Faz parte, em muitas terras, dos «Cozidos de Carnaval», em conjunto com outros enchidos, mas pode acompanhar sozinho as Cascas ou Casulas, embora não seja frequente.
O Butelo recebe vários nomes, conforme as terras, o que não deixa de estabelecer uma certa confusão:
Butelo no Norte do Distrito de Bragança. Chamam-lhe Bulho em terras de Mogadouro e Palaio na região de Moncorvo.
É um enchido muito «caseiro», de escassa comercialização.
Vamos então ver como se faz:
Partem-se em bocados os ossos que devem ter carne e põem-se em vinha-de-alhos durante 3 ou 4 dias.
A vinha-de-alhos, exactamente igual à que é usada para os salpicões e os chouriços. A quantidade de água deve ser superior à do vinho, e os alhos, esmagados.
E claro, vamos aos ingredientes:
- Os ossos tenros das costelas e do espinhaço do porco
- 1 rabo de porco (facultativo)
- Água
- Vinho tinto
- 4 bons dentes de alho
- 2 colheres de sopa de colorau (doce e picante)
- 2 rodelas de laranja
- Malagueta (ou piripiri)
- Sal
- A tripa larga e folhosa do porco (ceco)

BOM APETITE! :-)

Melotrupe - Banda Emblemática de Bragança

Melotrupe
De Bragança a Lisboa eram 9 horas de distância quando um grupo de quatro brigantinos rumaram ao sul, a Coimbra, rompendo a distância e abrindo uma abertura no fosso de tempo que separava (e ainda hoje separa) o interior do país real, para, literalmente, dar música.
A 4 de Julho de 1981 Coimbra recebia mais uma eliminatória do concurso de bandas de rock: Só Rock. Os brigantinos eram os Melotrupe, e foram tocar lado a lado com os, na altura recentes, Xutos e Pontapés e GNR, entre outros.
António Corredeira, no baixo, Paulo Xavier na guitarra, António Andrade, na bateria, e Luís Afonso teclas e voz. Era com estes quatro nomes que se faziam os Melotrupe. A ideia de participarem no Só Rock nasceu depois de verem um anúncio num jornal. Enviaram uma cassete com três originais e foram seleccionados.
O “pastel” de Coimbra:
Quando chegaram a Coimbra, depois de uma obrigatoriamente longa viagem - e porque sabiam que a alimentação e estadia eram da responsabilidade da organização - um do grupo dirige-se a “um fulano que tinha uns óculos muito graduados à Jonh Lennon”: “oh pastel, somos um grupo de Bragança, chegamos agora e queremos lanchar, como é que é...?”. O problema da refeição ficou resolvido. O que não sabiam é que aquela abordagem pode ter tido repercussões um pouco mais tarde.
Decorreu o festival com uma boa prestação dos Melotrupe.
A votação parece não ter corrido da mesma forma, o pastel das sandes, com os óculos à Jonh Lennon, era o director da rádio e principal patrocinador do festival. O mesmo que anunciou o resultado da votação. Na brincadeira dizem que talvez o episódio do Pastel possa ter influenciado o ouvido do patrocinador...
“Em Bragança toca-se”
Os Melotrupe não foram ao festival pelo passeio, mas sim pela música. Mostraram que também aqui, quase esquecidos atrás do Marão, há 30 anos, também se fazia música, que competiu lado a lado com os Xutos e Pontapés ou GNR. Curiosamente a banda que ganhou a edição desse ano do festival era da Nazaré.
Os Melotrupe nunca gravaram nenhum trabalho.  “Hoje é fácil, basta ir ao Porto e gravar, mas há 30 anos era diferente...”. As diferenças não ficam por aqui. “Chegaram a ir tocar em aldeias que não tinham energia eléctrica!”. Mas tocavam. Animação não faltava,  “Havia cinco bandas em Bragança e cada uma tinha a sua maneira de tocar. Eram todos diferentes. Hoje está tudo uniformizado...”
O Festival 7’Up:
Dois anos depois, em 1983, os Melotrupe voltaram a concorrer num festival nacional de Musica. Quis o destino que numa das eliminatórias voltassem a encontrar os Xutos & Pontapés. E venceram a eliminatória. As provas eram realizadas em capitais de distrito, por sorteio, e foi Bragança a escolhida para palco da prova. Algum tempo depois foram disputar a final no Porto, conjuntamente com os vencedores de outras eliminatórias e a final terá sido ganha por um grupo de nome Banana.
Tive o prazer de com estes quatro amigos, partilhar muitos bons momentos...

“Os Deputados das Novas Eleições” - Loas

Atenção meus senhores, vão haver eleições. Podem ficar descansados, que eu vou nomear os novos deputados, e passo a citar:

O Zé Bumbas de Val d’Abilheira.

O Zé Raba de Negreda.
O Chico da Vila.
O Bandarra das Falgueiras.
O Caililas do Vilar.
O Albino de Cidões.
Estes homens todos juntos fazem parte das novas “Eleições”.
Meus senhores: Indo pelo rio acima com o presidente desta gente.

O presidente desta gente ata-os todos num “bencelho”,

e dali leva-os a Nunes a casa do “Escaravelho”.
O “Escaravelho” lá os viu e lá lhe deu a direcção,
e dali os enviou ao “Faz Pipas” de Ouzilhão.
O “Faz Pipas de Ouzilhão, que por si não era mau,
não quis saber da papelada, foi à Edrosa e entregou-lhos ao Laribau.
O Laribau, que não fez grande atenção,
desceu a Penhas Juntas e entregou-lhos ao Manuel João.
O Manuel João que não percebe nada,
foi a Agrochão entregou-lhos ao “Beiça Rachada”.
O ”Beiça Rachada” que era homem de muita treta,
foi ao lado d’além e entregou-lhos ao “Beiçoleta”.
O “Beiçoleta” que não sabia como era,
desceu a Nuzedo, e entregou-lhos ao “Campanera”.
O “Campanera” que já não tinha papel,
subiu à Soutilha e entregou-lhos ao “Mancalela”.
O “Mancalela” que de eleições já estava farto,
subiu a Ervedosa e entregou-lhos ao “Tomato”.
O “Tomato” que não percebia de nada,
foi à Argana e entregou-lhos ao “Orelha Ratada”.
O “Orelha Ratada” chateado e com uma grande tromba,
não quis saber da papelada entregou-lhos ao Modesto de Lamalonga.
O Modesto de Lamalonga num acto de brincadeira,
foi à Vila Nova e entregou-lhos ao Pereira.
O Pereira num grande rescaldo,
foi a Fornos e entregou-lhos ao Arnaldo.
O Arnaldo que é homem de dinheiro foi,
à Torre e entregou-lhos ao “peliqueiro”.
O “Peliqueiro” que até lhe encontrou graça,
foi ao posto entregar a papelada ao “Má-Raça”.
O “Má-Raça” que é um homem de tostões,
reuniu esta “merda” toda e ganhou as eleições.

in:ervedosa.com.sapo.pt

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Feira de Artesanato dinamiza centro da cidade de Bragança

Já começou a vigésima quarta feira de artesanato de Bragança. A edição deste ano conta com cerca de 70 expositores que, se juntam aos da feira das cantarinhas, perfazendo um total de cerca de 400 expositores.
A feira é organizada pelo Município de Bragança e a Associação Comercial Industrial e Serviços. 
O autarca Hernâni Dias destaca a elevada procura por parte de expositores, sublinhando que, por se localizar no centro da cidade, a feira tem um limite de stands. “Há muitos expositores que queriam vir e não conseguiram, o que significa que a feira tem, de facto, uma dinâmica importante e é atractiva. 
As pessoas sabem que, se vierem cá, conseguirão, seguramente, fazer negócio. Lamentavelmente, o espaço não chega para todos mas estamos convencidos que este género de iniciativas contribui para a dinamização desta zona da cidade, do próprio concelho e daquilo que tem a ver com a actividade económica relacionada com os produtos tradicionais”, sublinha o autarca. 
Os expositores vêm de todo o país e até da vizinha Espanha e garantem que vale a pena marcar presença na feira de artesanato em Bragança. “Já faço esta feira há 23 anos, sou dos artesãos mais antigos aqui. 
Esta feira tem corrido bastante bem. Há uma boa adesão por parte das pessoas. No ano passado com a realização da feira das cantarinhas no centro da cidade, favoreceu bastante o negócio”, constata Paulo Vieira, de Aveiro. 
A feira de artesanato decorre no jardim Dr António José de Almeida, em Bragança até ao próximo domingo. 
A partir de sexta-feira decorre também a feira das cantarinhas. 
Durante estes dias, as lojas do comércio tradicional de Bragança podem estar abertas até às 23 horas.

Rádio Brigantia

Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo aprova moção pela assinatura urgente da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias

Foto: Froles mirandesas
A Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo aprovou por unanimidade, em reunião realizada no dia 27 de Abril, uma moção que manifesta o descontentamento pela não assinatura da Carta Europeia de Línguas Regionais ou Minoritárias, por parte do Estado Português, estando este, sem qualquer benefício conhecido, a prejudicar a região mirandesa e transmontana e as suas gentes.

Importa referir que o mirandês é a segunda língua oficial de Portugal desde 1999 e património cultural de todos os transmontanos. Assim no âmbito das competências conferidas pela alínea o) do nº1 do artigo 53º da lei 5-A de 11 Janeiro a Assembleia Municipal deliberou: “Manifestar o seu firme e enérgico protesto pelo desinteresse governativo nesta matéria.

Exigir do Governo da República a assinatura urgente da Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias; Instar todas as entidades públicas em geral e as transmontanas, em particular, a associarem-se a esta atitude de protesto e exigência; 

Dar conhecimento desta moção a todas as Câmaras e Assembleias Transmontanas e publicita-la nos principais órgãos de comunicação”. 

Nota de Imprensa da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, (Luciana Raimundo)

Feira das Cantarinhas

Até há bem pouco tempo, a Idade Média continuava presente nalgumas instituições de carácter económico, social e cultural. As feiras polivalentes aproximaram as populações e fomentaram um negocio incipiente para dar resposta à colocação dos produtos de origem rural e pastoril.

Como qualquer instituição social, a feira tem um período de formação, incremento e pujança. Com o objectivo de distribuir os produtos agrícolas, cedo encontramos medidas que visam a protecção Jurídica que dá confiança aos que as procuram com o intuito de colocar os produtos que os lavradores produziam. As cartas de feira eram documentos que os municípios concediam aos que procuravam a feira com a finalidade de garantir os bens e proteger a própria vida. Com o mesmo intuito apareceram as feiras francas e os oito dias anteriores e posteriores à feira que reforçavam a segurança.

A primeira fase, inicial e de formação, sucede numa segunda fase que corresponde ao reinado de D. Afonso III. Multiplica-se o número de feiras e ampliam-se as garantias e os privilégios jurídicos concedidas aos feirantes. As feiras não só fomentaram a riqueza pessoal como também os bens da coroa. Por isso consideramos as feiras factores de ordem económica e social.

As cartas de feira concedidas entre os sécs. XIII e XV foram dadas peles monarcas aos municípios com o intuito de atrair gentes para a região transmontana. D. Afonso III deu a Bragança uma carta de feira em 1272 na qual os feirantes eram isentos de pagar portagens e costumagens. O citado soberano, Afonso III, diz expressamente que concede a Bragança uma carta de feira, a 5 de Março de 1272, com o intuito de que os feirantes estejam seguros na ida e na vinda. D. Fernando (1383, Out., 16), deseja fazer graça e mercê ao concelho e homens bons da nossa villa de Bragança e que haja em cada huum ano feiras frequentadas.

As medidas que os restantes monarcas tomaram (D. João I e D. Afonso V), fomentam o negócio, local, onde se sente a preocupação de defender os interesses dos povos que habitavam certas localidades. Os corregedores só podiam aparecer nas feiras como compradores e vendedores e nunca para defender os direitos do soberano.

A Feira das Cantarinhas, de origem medieval, realizava-se dentro ou fora da Cidadela, conforme a paz da feira o permitia. Manteve-se até há 40 ou 50 anos com marcas tipicamente. medievais. Vem comigo revisitar o tempo e o espaço onde se mercadejavam os produtos. Manhã cedo já os habitantes das aldeias limítrofes convergiam para a cidade. Sem as estradas actuais, serviam-se de caminhos secundários ou de alguma via militar romana que facilitava a passagem de algumas linhas de água.

A Feira das Cantarinhas constituía uma celebração festiva. De véspera, à noite, preparavam-se os alforges com os produtos que se mercadejavam na feira: gradura, batatas. Tudo se acomodava de modo que sobrasse um pequeno espaço onde cabia também a ração dos animais. Enfeitadas iam também as albardas. Uma colcha de lá vermelha eu branca, tecida no tear da casa, enfeitava a burricada que fazia um arraial medonho. Os donos, seguros de que ninguém . iria violar os enfeites festivos dos animais, deixavam-nos seguros, à aldrabe de uma porta velha.

Todos se apressavam para escolher um lugar bom, onde a exposição dos produtos facilitasse a venda. Dos ventres flácidos dos alforges saía a gradura e outros produtos para vender. No largo de S. Vicente, a Praça Velha, junta-se em pequenos montículos a trouxa que vem chegando das aldeias mais distantes: Câmaras de Pinela, latoeiros, ferreiros e mais objectos artesanais. Também os objectos as vasilhas de cobre têm sempre um pequeno espaço para se arrumar. Hortaliça e renovos, chouriços secos, queijos e raminhos de cerejas apetitosas vão atafulhando todos os espaços até à metade da Rua Direita. Da Torre de D. Chama e de Alfaião, pequenos microclimas, vinham em canastras os pimentos, alfaces, tomates, beterrabas, que iam ser plantados no dia seguinte e fazem a fartura dos marranchos de qualquer casa.

Rua abaixo, rua acima, saracoteavam-se os compradores e vendedores. Dos lados do sul, nuvens negras ameaçavam chuva iminente. Fim da tarde aproxima-se. Compram-se os últimos presentes que fazem o enlevo da garotada.


O dia 3 de Maio, dia de feira e festa está quase a findar. Falta a cântara de barro que no campo acompanha os trabalhadores com a água fresca. Nossa Senhora da Serra dá de novo as merendas. Quer dizer, os dias alongam-se mais. Esta mobília, comprada no 3 de Maio, nunca mais se esgota. Ainda falta um caldeiro e um garabano para regar à mão os renovos e os feijões de que falámos.

Os homens vêm do Toural, onde tinham levado um vitelo e uma vaca para vender. O bom negócio foi também pretexto para fechar o negócio com uns copos de vinho.

Em sentido contrário, organiza-se agora o mesmo movimento para casa. À entrada da aldeia já aos filhos lhes tarda a chegada dos pais. Numa saquinha da merenda, feita de remendos de muitas cores, vão uns económicos ou súplicas, quando não alguns rebuçados, para sofrear a gulodice da garotada. Uma flauta de barro, mais um chapéu da palha salpicavam a noite e os dias seguintes de tons musicais. A monotonia nostálgica do pós festa regressa também no quotidiano dos dias que se seguem. Que esta breve descrição nos auxilie na compreensão de uma festa anual que já não se reconhece no barulho de uma multidão que não cabe nos espaços livres da Rua Direita.

(Belarmino Afonso)

Actualmente, a feira realiza-se fora do centro da cidade, facto que, para alguns é visto como decisivo para a sua descaracterização.
Pese embora, os custos publicitários e todos os investimentos realizados, a Feira das Cantarinhas está completamente desvirtuada e nunca mais voltará a ser aquilo que era há, apenas, uns 30 anos atrás.
A cegueira pelas modernices, tolhe as mentes. Mas as populações, a tudo se acomodam e perderam o espírito de reivindicação e até exigência.

Obs* Felizmente, a Feira das Cantarinhas regressou em 2014 ao Centro Histórico de Bragança.

Festa das Morcelas ou da Mocidade de Constantim

No dia da festa, 27 de dezembro, decorre durante toda a manhã o ritual do convite, ou seja, o peditório e visita protocolar a todos os moradores da terra. 
Segue-se a missa solene e a procissão em honra de São João Evangelista. No convite intervêm os gaiteiros, os pauliteiros e o par de mascarados, o "Carocho" e a "Beilha", que representam cenas de apelo à fertilidade. 
Um dia depois, à noite, acontece a grande refeição comunitária, um convívio para todo o povo participar e viver intensamente, como único que é em todo ciclo anual.

Festa do Menino Jesus de Vila Chã da Braciosa

Esta festa é celebrada no primeiro dia do ano (festa cristã de apresentação de Jesus no Templo) sendo também designada de festa do Ano Novo e de Festa da Velha. 
A ronda do peditório e de saudação aos moradores decorre durante toda a manhã, com música de gaita-de-foles e danças executadas pela Velha, pelo Bailador e pela Bailadeira. Após a dança, saúdam os donos da casa e recebem os donativos. 
A missa solene acontece por volta do meio-dia e conta com a participação das personagens e dos músicos. 

Câmara de Bragança alarga apoios no 1.º Ciclo

A Câmara Municipal de Bragança vai apoiar no próximo ano lectivo também os alunos do terceiro escalão que frequentem o primeiro ciclo.
Em 2015/2016, estes estudantes poderão receber uma comparticipação de 25 por cento dos manuais escolares e da alimentação. 
Até agora só as famílias mais carenciadas, do primeiro e segundo escalão do abono de família, recebiam apoio do Município, contributo que será agora alargado. “Havia já apoios para crianças que estavam posicionadas no escalão 1 e 2 do abono de família, mas não existia para mais ninguém. 
Tomámos a decisão de incluir já para o próximo ano lectivo uma comparticipação nos manuais escolares e na alimentação das crianças do escalão 3”, explica o presidente da autarquia de Bragança. 
Hernâni Dias considera que se trata de “um esforço financeiro do Município”, que tem como objectivo abranger a quase totalidade dos alunos entre o 1.º e o 4.º ano. “Da estimativa que fizemos, estaremos a cobrir cerca de 90 por cento das famílias que têm alunos a estudar no primeiro ciclo”, calcula o edil. 
ctualmente a autarquia bragançana comparticipa na totalidade os manuais escolares e as refeições, assim como do suplemento alimentar, dos alunos do primeiro escalão. 
Já as crianças integradas no segundo escalão beneficiam de uma redução de 50 por cento nas cantinas e no valor dos livros. 

Escrito por Brigantia

Bicicletas nas ciclovias de Bragança a partir de Junho

O Município de Bragança vai disponibilizar bicicletas eléctricas aos brigantinos já a partir do mês de Junho.
Apesar de não avançar ainda os pormenores deste sistema, o presidente do Município, Hernâni Dias frisa que o objectivo é incentivar os munícipes a andar mais de bicicleta permitindo, por exemplo, que se desloquem para o trabalho neste tipo de transporte. “Vamos ter um sistema de bicicletas eléctricas partilhadas e creio que será mais um motivo para que as pessoas começam cada vez mais a usar a bicicleta como meio de transporte para se poderem deslocar no dia-a-dia permitindo que vão, por exemplo para o seu trabalho ou a fazer as suas compras”, salienta Hernâni Dias. 
O autarca revela ainda que o Município está a planear a construção de mais ciclovias. “Estamos a definir um plano estratégico de mobilidade onde serão contemplados mais quilómetros de ciclovias”, frisa Hernâni Dias. 
A partir de Junho, o Município de Bragança vai disponibilizar bicicletas públicas aos cidadãos. 

Escrito por Brigantia

Mirandela acolheu Dia Diocesano da Juventude

Mirandela acolheu, em dia da Liberdade, o Dia Diocesano da Juventude 2015, onde D. José Cordeiro Bispo de Bragança-Miranda e o Presidente da Câmara Engº António Branco em diálogo aberto e franco conversaram com os jovens.

“Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (MT 5,8) foi o tema central do encontro de cerca de 600 jovens oriundos de toda a diocese de Bragança – Miranda com o seu Bispo.
Promovido pelo SDPJV, o Dia Diocesano da Juventude é uma grande celebração de Fé, que convoca a sociedade, a mergulhar no intrincado universo juvenil. Deste modo, no dia 25 de abril dia da liberdade, cultura, festa, oração, missão, juventude, fé, encontro, marcaram o ritmo da cidade de Mirandela, que este ano foi anfitriã desta efeméride.

Foi um dia intenso! De Norte a Sul, de Este a Oeste, a cidade de Mirandela foi sendo “invadida”, e Caminhando na Palavra (reflectindo sobre os quatro Evangelhos - Evangelistas), descobrindo a arte e a beleza da cidade EU E O PATRIMÓNIO RELIGIOSO, numa colaboração com a Pastoral do Turismo em parceria com o IPB, partilhando a alegria de estarmos juntos. Na Rua da república deu-se o grande encontro, e partindo dali animados pelos grupos culturais da cidade, como grande grupo rumamos ao parque verde.

Mesmo com a contínua ameaça da chuva, não faltou a chama da Fé! Esse calor que juntou os jovens no Parque Verde, para a celebração eucarística, onde no momento de pós-comunhão, a surpresa no silêncio, o momento em que dois aviões cruzaram o céu e fizeram “aspirar às coisas do alto”. A partilha à mesa e do farnel, a Adoração na Tenda de Adoração; a curiosidade a olhar o testemunho de Vidas Consagradas na tenda da Vida Consagrada; a arte no desenho, a música levou a sentir o desafio de tomar em mãos a vocação e a enriquecermos a nossa experiência de fé em Igreja, em comunidade, em família!

E em dia de liberdade, ali esteve patente a exposição CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO MUNDO da Fundação AIS.

Este ano, salientamos uma novidade: um encontro com D. José Cordeiro, e o Presidente da câmara de Mirandela, numa conversa informal, responderam a questões sobre a “Igreja e a vida”, um momento precedido e envolvido pela música, um belíssimo concerto da Escola Profissional de Arte de Mirandela Esproarte.

Pelo testemunho do envolvimento das forças vivas da cidade, percebemos que os lugares, sejam as cidades, vilas ou aldeias são o espaço privilegiado das redes de relações humanas, familiares, sociais e cristãs; são espaço de encontro de saberes aprendidos e ensinados, de proximidades e vizinhanças, de convivência entre gerações; aí devem conviver saudavelmente os nossos sonhos de futuro e a sabedoria, a memória e o exemplo dos nossos pais e avós.

Espaços esses, onde percebemos como a fé dos Homens pode construir o belo, perenizar a força e a vontade de um povo.

Foi uma jornada intensa! Desafiadora … mas sobretudo, um semear de partilhas para que agora cresçam os frutos! No próximo ano na vila de Moncorvo saberemos quão forte é a luz, o perfume…simbolizado no azeite oferecido a cada participante! Sigamos a Cruz e gritemos cantando “EU APOSTO NA VIDA”!

Artigo escrito por Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e Vocacional