Aumentou o número de crianças em risco em Mirandela

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Mirandela registou um aumento de sinalizações de crianças negligenciadas. São mais de 60 os processos activos por mês que a entidade acompanha.
De acordo com Rui Magalhães, presidente da CPCJ de Mirandela, a problemática com maior incidência no concelho é a negligência educativa. “Nós temos feito um trabalho intenso de informação e sensibilização e daqui resulta um aumento das sinalizações. 
O nosso movimento processual situa-se entre os 60 a 70 processos activos por mês, e eu volto a dizer um que seja já é preocupante”, refere. 
Esta informação foi avançada pelo presidente da CPCJ de Mirandela no arranque do mês da prevenção de maus tratos na infância. 
No seminário sobre institucionalização e acolhimento familiar Rui Magalhães mostrou ainda a sua preocupação pela estadia prolongada de crianças no Centro de Acolhimento Temporário da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela. 
Esta é uma das três instituições de acolhimento na cidade que no total recebem cerca de 120 crianças e jovens retiradas das famílias. “Temos dois lares de infância e juventude, os Salesianos e a Casa do Menino Jesus e também o CAT que acolhe crianças dos 0 aos 18 anos, de forma tendencialmente transitória, o que, infelizmente, nem sempre acontece porque eles acabam por ficar lá muito tempo, só deveriam ficar lá seis meses, mas a realidade não é essa e acabam por ficar lá mais tempo”, salienta. 
Até ao final do mês de Abril, várias iniciativas como exposições, debates, apresentação de projectos, bem como de peças de teatro, filmes, serão promovidas para debater a problemática dos maus tratos na infância e juventude. 

Escrito por Brigantia