terça-feira, 23 de junho de 2015

Remédio para o cancro do castanheiro não chega para as encomendas

O produto de combate ao cancro do castanheiro, desenvolvido na Escola Superior Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança está a apresentar alguma demora em chegar aos agricultores e poderá não chegar para as encomendas.
Em causa está o processo necessário antes de aplicar o remédio, que consiste em identificar o tipo de estirpe característica de uma determinada zona, para poder aplicá-lo da forma mais adequada. 
Além disso, os produtores não têm acesso livre ao produto, devendo procurar as associações de apoio aos agricultores para que estes possam disponibilizar o produto, caso os castanheiros se encontrem numa área onde esse estudo já foi feito.Os investigadores da Escola Agrária estão a desenvolver este trabalho gradualmente, sendo que o trabalho já está concluído na freguesia de Parada e está na fase final em Espinhosela, ambas no concelho de Bragança. 
O presidente da Junta de Freguesia de Espinhosela, Telmo Afonso, teme, no entanto, que o produto não chegue para as encomendas. só na freguesia de Espinhosela, há produtores com mais de 300 castanheiros infectados com cancro e apenas 200 litros de produto prontos a serem utilizados no concelho de Bragança e Vinhais”. Além do cancro, também a doença da tinta e a vespa da galha do castanheiro podem por em risco a principal fonte de rendimento dos habitantes de Espinhosela. 
A vespa do castanheiro é a praga que mais preocupa Telmo Afonso. Quanto à aplicação do remédio desenvolvido pelo IPB para o combate ao cancro do castanheiro, a investigadora da Escola Superior Agrária, Eugénia Gouveia, pede paciência aos agricultores, para que se possa desenvolver o trabalho de identificação das estirpes antes de aplicar o produto e assim garantir a sua eficácia. “Antes de se poder aplicar o produto, tem que se conhecer qual é o tipo de fungo que está presente nos locais. A aplicar sem fazer isso, resultará, com certeza, numa falha do método e, é necessária alguma paciência, para que não se estrague tudo”, frisa a investigadora. 
A investigadora garante, no entanto, que para já, não há falta de produto e há até zonas em que já pode ser aplicado e não há interessados, como é o caso de Parada. 
Este é o tema de uma reportagem que pode ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia

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