terça-feira, 21 de julho de 2015

Cadernos do Museu da Oliveira e do Azeite

Uma edição simples e graciosa, que prestigia Mirandela, mas que poderia ter uma boa e clara ficha técnica. A pesquisa, muito bem arrumada, ficou-se pelos: «Cancioneiro Popular Português», de J. L. Vasconcelos e o de Michel Giacometti e «Folklore do Concelho de Vinhais», do Padre Firmino Martins.

A pesquisa bibliográfica é de Manuel Carlos Patrício e de Manuel Viegas Guerreiro, Profs. da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Fico-me por esta nota sintética e aconselho os amigos leitores a comprar já, antes que se esgote. O meu exemplar custou-me, na Biblioteca M. de Mirandela, 2,50 €. Abaixo deixo: «A Oliveira», do «Poeta do Liz»; quadra (região de Coimbra) da canção «Benditas sejam as fontes», de autor desconhecido; e quadra que me veio agora à mente. 

À Oliveira

Ó linda e bela oliveira,
De velho tronco cinzento,
Quando por ti perpassa e esvoaça o vento,
As tuas folhas cantam-nos baixinho
Desta maneira,
Devagarinho:

- «Eu dou azeite brando,
Que tempera e alumia;
Eu acendo a luz do dia,
Quando a noite vem tombando.

Em casa do pobre eu sou
O gosto do seu jantar...
Coitado de quem andou
O dia inteiro a cavar.»

Afonso Lopes Vieira, também conhecido por «Poeta do Liz», nasceu em Leiria, em 1878 e faleceu em Lisboa, em 1946.
Enviado por António Fialho.

Benditas sejam as fontes

«(…)
Bendita seja a candeia
D’azeite que me alumia,
Benditos sejam os olhos
Que me dão a luz do dia.
(…).»

Autor desconhecido (região de Coimbra)

Não arranques a oliveira

«Não arranques a oliveira,
Não a cortes com o machado,
À sombra da oliveira
Tanho o meu o amor sentado.»

Autor desconhecido (ouvida em Mirandela - Jorge Lage)

Jorge Lage
in:atelier.arteazul.net

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