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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 26 de julho de 2015

Na sala de estar lisboeta a despensa é transmontana

Alerta, adeptos das alheiras, botelos, sangueiras e derivados — abriu, perto do Chiado, uma pequena loja especializada em produtos de Trás-os-Montes. O nome diz quase tudo: Despensa Transmontana.
Tudo o que se pode comprar para levar
pode ser provado no local
Tudo começou de forma meio improvável. Luís Teixeira, empresário flaviense, lanchava à beira-rio com o também transmontano Manuel João Vieira — o músico, artista plástico e eterno candidato presidencial — quando este, talvez com saudades de uma boa sanduíche de pão de centeio com presunto de porco bísaro, decidiu lançar-lhe um desafio: “E abrires uma casa só de produtos de Trás-os-Montes em Lisboa?”

Não precisou de repetir a ideia. Luís desafiou Júlio Grilo, amigo de Chaves (e de longa data), há muitos anos radicado em Lisboa, e à dupla juntou-se a sócia lisboeta Manuela Ramos. Encontraram um espaço com as dimensões ideais numa das zonas mais movimentadas da cidade, a Calçada do Combro, perto da Bica e do Chiado, e a Despensa Transmontana não demorou a materializar-se. Que é como quem escreve, não demorou a encher-se de produtos da terra.

“O objetivo é, como diz o nome, trazer um bocadinho de Trás-os-Montes para Lisboa“, explicam Luís e Júlio. Tendo em conta a oferta, “um bocadinho” é capaz de ser uma classificação modesta. Alheiras, pastéis de Chaves, pão, presunto, salpicão, sangueira, focinheira, vinhos, queijos, azeites, feijão, milhos, compotas, licores ou carne barrosã, tudo aqui é tão transmontano como os dois amigos de infância. E melhor: nada do que vendem é demasiado vulgar ou comercial. “Privilegiamos tudo o que é genuíno e as pequenas indústrias que fazem o fumeiro à moda antiga“, garantem. Para tal, têm quem lhes traga estes produtos nem sempre fáceis de fazer chegar a Lisboa, deslocando-se eles próprios à sua região natal “sempre que necessário”.
A Despensa Transmontana tem duas vertentes distintas, cada uma com a sua ementa: a de mercearia, em que serve de abastecimento a despensas alheias que se queiram tão transmontanas como ela e a de petiscaria, em que os produtos disponíveis se preparam para consumo no local. E a gama neste capítulo é tão vasta que até inclui pastéis de nata da região. A diferença? Está na massa folhada. Mas o interessante mesmo é descobrir produtos bem mais raros por estas paragens. Casos da focinheira — a carne do focinho do porco — ou dos milhos, usados para as famosas papas típicas.

Luís Teixeira e Júlio Grilo,
dois amigos de infância oriundos de Chaves,
estão juntos nesta Despensa Transmontana.
(foto: © Tiago Pais / Observador)
Quem quiser reproduzir (ou tentar reproduzir) o cozido à portuguesa da região também pode pedir um cabaz à medida, com todos os produtos necessários para torná-lo digno de uma Justa Nobre, um José Cordeiro ou qualquer outro reputado chef oriundo dessas paragens. Ou então pode esperar por um dos eventos temáticos que planeiam começar a organizar em breve: o primeiro deverá ser dedicado ao botelo, o famoso chouriço de ossos transmontano.

Nome: Despensa Transmontana
Morada: Calçada do Combro, 145-147 (Bica), Lisboa
Telefone: 21 346 0928 / 91 490 9306 / 93 8833532
Horário: De terça a domingo, das 12h à 00h

in:Observador

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