O presidente da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, Américo Pereira, critica o estudo de Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o facto de a instituição não revelar quais as escolas com elevados níveis de radão entre outros problemas de qualidade do ar.
O representante de nove dos municípios do distrito considera mesmo que este estudo apresentado a semana passada na faculdade não é sério.
“Não nos são dados esclarecimentos plausíveis. Começaram por dizer que contactaram as escolas mas ninguém sabe nada, as Câmaras também não sabem nada, as fontes também não revelam quais as escolas nem os valores, o que nos leva a crer que não houve estudo absolutamente nenhum e que isto não passou de um lapso e de uma brincadeira de mau gosto”, considera o responsável.
O autarca e presidente da CIM põe em causa os resultados do estudo e estranha que as câmaras municipais, entidades responsáveis pela tutela dos níveis de ensino em questão no estudo, o pré-escolar e o primeiro ciclo, não tenham sido informadas da visita dos investigadores e garante que não pedida autorização para tal.
A Universidade do Porto divulgou a passada semana informação de que foram detectados diversos problemas associados à qualidade do ar interior, nomeadamente concentrações elevadas de dióxido de carbono e poeiras, bem como algumas situações de elevadas concentrações de compostos orgânicos voláteis e de radão – um gás natural radioactivo – em várias escolas do distrito de Bragança. Os gases causam preocupação por terem influência na saúde respiratória das crianças.
De acordo com a Universidade do Porto responsável pelo estudo, a ocupação excessiva e as actividades das crianças, bem como a ventilação deficiente e as actividades de limpeza foram as principais causas identificadas para os problemas de qualidade do ar.
Escrito por Brigantia
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