Um porta-enxerto de castanheiro desenvolvido na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é apresentado como uma possível solução para impedir a propagação da Doença da Tinta no castanheiro.
O porta-enxerto, com o nome ColUTAD®, deverá estar brevemente nos circuitos comerciais, refere uma nota de imprensa publicada no sitio web da instituição de ensino superior tranamontana.
O ColUTAD® resulta do cruzamento entre os Castanheiros europeu (Castanea sativa) e japonês (Castanea crenata) e vai ser utilizado para “travar o avanço da Doença da Tinta, responsável pela morte de milhares de castanheiros na Europa”, afirma José Gomes Laranjo, docente do Departamento de Biologia e Ambiente da Universidade de Trás-ao-Montes e Alto Douro (UTAD) e Presidente da RefCast.
A Doença da Tinta é provocada por um fungo (Phytophtora cinnamomi) que vive no solo e que ataca as raízes do castanheiro, impedindo a absorção de água e nutrientes pela árvore, causando a sua morte.
O ColUTAD® permite a plantação de novos castanheiros, com maior segurança em solos afetados por esta doença, mesmo em soutos onde ocorreu a morte de outros castanheiros.
“Depois de plantado, o porta-enxerto funciona como barreira à progressão da doença. A enxertia vai permitir o normal desenvolvimento da árvore e a produção de castanha”, sublinha José Gomes Laranjo.
Esta nova ferramenta está em experimentação tendo já sido obtidos “resultados positivos em vários locais de Trás-os-Montes”.
Fruto do trabalho de dezenas de anos dos investigadores da UTAD, António Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luis Torres de Castro e Alberto Santos, o ColUTAD® está em processo de registo e entrará brevemente nos circuitos comerciais.
O ColUTAD® foi apresentado no VI Encontro Europeu da Castanha que se realizou entre 9 e 12 de Setembro.
Assessoria de Comunicação da UTAD (Rosa Rebelo)
in:noticiasdonordeste.pt
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