O preço da castanha está mais baixo em relação ao ano anterior, porque começou a colher-se mais cedo, o que faz com estejam a escoar-se várias variedades ao mesmo tempo.
Abel Pereira, presidente da Arborea, Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana, explica que a castanha começou a entrar em grandes quantidades, mais cedo do que o habitual, o que desestabiliza a relação entre a oferta e a procura.
“Num período curto, caiu muita castanha. Provavelmente, vai entrar muita castanha ao mesmo tempo, o que vai fazer com que o preço seja mais baixo. Prevê-se que a oferta seja superior à procura o que vai, provavelmente fazer baixar o preço”, constata Abel Pereira.
Um cenário que se pode explicar com as alterações climáticas e que era impensável se recuarmos algumas décadas. “Há trinta anos só tínhamos castanha temporã na altura do “Dia de todos os Santos” ou do “Dia de S. Martinho”.
Neste momento, a castanha temporã já acabou e já estamos a entrar no pico da castanha mais tardia.
O mesmo está a acontecer noutros países da Europa. A castanha está, neste momento, a entrar em grandes quantidades no mercado europeu”, acrescenta o investigador.
Nesta campanha, o preço pago ao produtor pela castanha longal, a variedade mais significativa do distrito de Bragança, não deverá ir além dos 1,80 euros por quilograma, quando atingir o valor de mercado mais alto.
Escrito por Brigantia
Sem comentários:
Enviar um comentário