A produção de carne e de leite de caprinos não responde à procura.
A falta destes produtos deve-se em grande medida “à diminuição drástica de efectivo”. Uma análise feita pelo presidente da ANCRAS a associação nacional de caprinicultores de raça serrana, Arménio Vaz, e uma dos temas discutidos na CAPRA 2015, a reunião nacional de criadores de caprinos e ovinos.
“Com a diminuição do efectivo, há alturas do ano em que não temos produto para os mercados, no Natal temos uma procura imensa, e não temos cabritos para as encomendas. E temos pouquíssimo leite também, não temos matéria-prima para o que precisávamos, as explorações são pequenas e produzem pouco leite. Se tivéssemos três vezes mais produção teríamos consumo para esse leite”, assegura.
Arménio Vaz acredita que modernização, através da mecanização da ordenha ou da instalação de cercas, poderá ser uma das formas de contrariar a tendência de declínio. A CAPRA 2015 incluiu pela primeira vez o sector ovino já que ambos enfrentam desafios semelhantes.
Amândio Carloto da ACOB refere que uma das necessidades é “o melhoramento das raças autóctones”. “Temos de tornar as nossas raças competitivas. Temos ferramentas para trabalhar ainda temos criadores, e a forma de continuarmos ater criadores é torná-las competitivas e rentáveis”, frisa. As jornadas sobre o sector caprino e ovino, que têm lugar de 4 em 4 anos, realizaram-se em Mirandela entre quinta e sábado e reuniram mais de 200 produtores.
Para além da discussão dos trabalhos das diferentes associações, o CAPRA 2015 contou ainda com uma visita a uma exploração de um dos mais recentes caprinicultores a instalar-se recentemente e que pretendeu servir de exemplo para outros interessados em investir no sector.
Escrito por Brigantia
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