Arrancou anteontem em Miranda do Douro mais um festival Geada que vai já na sétima edição.
A iniciativa tem como objectivos festejar e divulgar a cultura e as tradições das terras de Miranda.
Conhecer algumas das tradições de Inverno do Planalto Mirandês, dançar à volta da tradicional fogueira do galo, e ao som de gaitas-de-foles, experimentar a dança dos pauliteiros e tocar instrumentos tradicionais ou descobrir a língua mirandesa são algumas das propostas deste festival.
A primeira noite ficou marcada pela ronda das adegas, que juntou cerca de 500 pessoas. Uma adesão que surpreendeu a organização, como frisa Fernando Belezas, da Associação Recreativa da Juventude Mirandesa.
“Arrancou com grande força, excedeu, até ver, todas as expectativas que tínhamos. Contou com muitos participantes, cerca de 500 pessoas. Nos anos anteriores temos tido entre 300 e 500 pessoas mas este ano excedemos as expectativas logo no primeiro dia. Esperamos entre 500 às 1000 pessoas por dia.
O festival está a crescer e este ano pelo menos no primeiro dia já é um exemplo disso. Duplicámos o público comparado com o ano passado. O festival tem um cariz tradicional, é um festival eminentemente familiar e pretende reviver as tradições mirandesas”, frisou Fernando Belezas.
O director da Comissão Organizadora do GEADA 2015 afirma que o festival pretende dar a conhecer ao público novas manifestações artísticas, como as mais recentes tendências da música tradicional portuguesa, mas também as músicas do mundo havendo ainda lugar para a sonoridade electrónica. “É um festival peculiar que marca a diferença por ser no Inverno, ainda mais durante a semana. Mas o que se pretende é mesmo isso, animar a cidade de Miranda do Douro numa época em que não era assim tão normal.
As tradições são o nosso principal alvo, é difundi-las, divulgá-las e preservá-las com o nosso festival.
Este ano, além da música tradicional também nos propusemos a trazer novas sonoridades ao festival essencialmente música electrónica”, acrescentou o responsável. Esta terça-feira é a primeira de concertos, e a animação estará a cargo das Pauliteiras de Miranda, Cindazunda e da banda Nação Vira Lata. Já amanhã o palco do Pavilhão Multiusos de Miranda do Douro será ocupado pelos Trasga, Tranglomango e Cabra Cega. Quinta-feira a proposta é para uma festa de fim-de-ano diferente. “No dia 31, o festival encerrará com a tradicional passagem de ano mirandesa que consiste no enterro do velho, que é enterrar o ano que termina.
Será feito um desfile que se realiza a partir das 21h30 no largo do castelo e que encerrará com a queima do ano velho na praça D. João III, praça do Município. A queima consiste em enterrar um boneco que simboliza o ano velho e o cortejo será feito pela Banda Filarmónica Mirandesa, sendo esse evento organizado pelo museu das Terras de Miranda. É uma passagem de ano tradicional e muito diferente do que as pessoas estão habituadas”, refere o director da Comissão Organizadora.
O festival é organizado pela A.R.J.M., em parceria com diversas entidades locais, e decorre até ao dia 31 de Dezembro em Miranda do Douro.
Escrito por Brigantia
Sem comentários:
Enviar um comentário