Filandorra arranca em "Março Mês do Teatro" com espectáculos para todos os públicos

No ano em que comemora trinta anos de actividade, a Filandorra – Teatro do Nordeste arrancou hoje com o Março o mês do Teatro, iniciativa anual desenvolvida por esta Companhia Profissional de Teatro para assinalar na região o Dia Mundial do Teatro que se comemora a 27 de Março, com uma programação variada destinada aos vários públicos que, entre espectáculos e animações, vai contar com mais de 25 acções que vão percorrer sete distritos do país (Aveiro, Bragança, Coimbra, Guarda, Porto, Vila Real e Viseu) durante todo o mês de Março.

O programa da iniciativa do Março o mês do teatro é diversificado e apresenta três eixos fundamentais de acção: o teatro e formação para as escolas, os espectáculos para o grande público e a envolvência da comunidade em quadros de animação teatral. 

A primeira fase da iniciativa é dedicada ao público escolar, e arrancou em Vila Nova de Paiva com a apresentação da mais recente produção da Companhia, A Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, para as Escolas daquele Concelho, espectáculo que vai poder ser visto também pelas Escolas de Carrazeda de Ansiães, Castelo de Paiva, Coimbra e Ribeira de Pena ao longo desta semana.

A Farsa de Inês Pereira é a 64ª produção da Filandorra, estreada em Novembro de 2015 como opção artística da Companhia em acompanhar as novas metas curriculares da disciplina de Português, garantindo assim o propósito de formar novos públicos para o teatro e corresponder às expectativas das Escolas no ensino da Língua e Cultura Portuguesas, bem como divulgar a dramaturgia nacional junto dos públicos do interior. 

Trata-se de uma divertida comédia de carácteres e costumes que conta a história de Inês Pereira, jovem caprichosa e ambiciosa, que anda encantada por Brás da Mata, galante combatente, mas é pressionada a casar com Pêro Marques, um lavrador simples e sem cultura. É na escolha de pretendentes e suas consequências que se centra esta farsa vicentina, uma das mais divertidas e satíricas da vida quotidiana do tempo de Gil Vicente, escrita a partir do ditado popular Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube. A versão da Filandorra respeita fielmente o texto original, mas é actualizado no tempo e espaço ao século XXI numa opção cénica para mostrar a actualidade e intemporalidade do texto vicentino. 

Com versão cénica e encenação de David Carvalho, A Farsa de Inês Pereira conta com as interpretações de Anita Pizarro, Bibiana Mota, Débora Ribeiro, Helena Vital, Bruno Pizarro, Gonçalo Fernandes, Silvano Magalhães e André Nascimento (estagiário). A sonoplastia e luminotecnia são garantidas por Pedro Carlos e Luís Carvalho (estagiário).

Hoje A Farsa de Inês Pereira é apresentada no Auditório Municipal de Vila Nova de Paiva às 10h30 e 14h00, e amanhã é a vez do Auditório do CITICA em Carrazeda de Ansiães receber a farsa vicentina pelas 14h30. Na quarta-feira o texto de Gil Vicente sobe ao palco do Auditório do Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva pelas 14h00, em jeito de aula viva sobre o teatro e o texto vicentino para os alunos do 10º ano daquele Agrupamento.

Na quinta-feira, é a vez do Colégio de São Teotónio em Coimbra receber A Farsa de Inês Pereira, em jeito de apresentação do trabalho final de estágio de André Nascimento do Curso de Teatro – Interpretação daquele Colégio que durante três meses fez formação na Filandorra. No mesmo Colégio a Filandorra representa ainda o Auto da Barca do Inferno para os alunos do 9º ano. A semana vicentina termina no Auditório Municipal de Ribeira de Pena, com a representação desta farsa para os alunos do Agrupamento de Escolas daquele Concelho às 14h30.

A segunda fase da iniciativa é dedicada ao público infantil e arranca no Domingo (dia 06) em Alfândega da Fé, com vários espectáculos agendados em Carrazeda de Ansiães e Vila Real, de que falaremos para a semana.

in:noticiasdonordeste.pt